São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

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RESISTÊNCIA

Portáteis incorporam recursos militares e ficam mais robustos; teclado e disco rígido têm proteções especiais

Notebooks suportam quedas e umidade

GIEDRE MOURA
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

A tendência do mercado é lançar notebooks de fácil transporte, finos, compactos e leves. Mas, para quem precisa se conectar em alto-mar ou levar o equipamento para o topo da montanha, o que vale é ter um micro capaz de cair no chão, suportar peso, poeira e umidade e ainda sair ileso após uma pancada de chuva. E não importa que, para isso, ele seja mais pesado ou até desajeitado.
Esses notebooks resistentes, conhecidos como robustecidos, começam a sair da esfera exclusivamente militar e já chegam ao mercado tradicional. Fabricantes aproveitam para incorporar às suas linhas tradicionais recursos que propiciam maior durabilidade.
Apesar de não terem a intenção de fazer com que o equipamento passe por um teste de sobrevivência na selva, as empresas prometem um aparelho reforçado, que não precisa ir para a assistência técnica após acidentes comuns, como os copos de água e de café que costumam cair no teclado.
Um dos modelos mais reforçados é o GoBook III, da Itronix, distribuído no Brasil pela Interway. Quem estiver disposto a pagar entre US$ 7.000 e US$ 8.500 pelo produto terá um portátil que pode ser lavado. Utilizado pelo Exército dos EUA, ele promete sair ileso de quedas em concreto a até um metro de altura. Outro atrativo é a função "stealth mode", que apaga as luzes e deixa o notebook totalmente silencioso. Só é possível observar a tela com óculos de visão noturna.
Capacitar a máquina com recursos de mobilidade também é uma regra entre esses equipamentos. O GoBook dispõe de conexão sem fio Wi-Fi, Bluetooth e via rede celular, do tipo GPRS ou Edge. Também tem GPS (sistema de posicionamento global) integrado e pode ser configurado para buscar automaticamente diferentes redes para conexão.
Uma opção mais acessível é o RuggedNote, da alemã Kontron, distribuído no Brasil pela Anacom. Seu preço estimado é de US$ 2.995. Com origem militar, ele tem gabinete de liga de magnésio e promete funcionar debaixo de chuva e em ambientes empoeirados. Outros atrativos são a resistência a altas temperaturas, a choques elétricos e a pancadas.
Grandes fabricantes de notebooks também têm apostado em modelos mais robustos. Ainda que eles não tenham tolerância a lavagens nem ofereçam a possibilidade de serem usados sobre uma duna sem ter os componentes danificados pela areia, esses modelos suportam quedas, respingos e alguma umidade.
Esses equipamentos têm sido usados em competições de aventura, como o tradicional rali Dacar. O piloto brasileiro Klever Kolbert, que usou o notebook para contar curiosidades sobre a prova, recorreu a um Lenovo ThinkPad T43. Entre as características do modelo, está uma espécie de airbag, que protege o disco rígido de impactos e de vibrações. O teclado do portátil também é protegido: se você derrubar café sobre ele, a substância será conduzida até um repositório para ser descartada.
Já o velejador Beto Pandiani levou um SempToshiba STI IL-1212 para atravessar o estreito de Drake, nas geleiras do Atlântico. O portátil tem disco rígido à prova de quedas e seu teclado é semiblindado, para evitar os danos causados por respingos.
Outra linha resistente é a Latitude, da Dell, que também promete disco rígido protegido contra quedas e teclado selado, para evitar a penetração de umidade nos componentes internos.


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