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RESISTÊNCIA
Portáteis incorporam recursos militares e ficam mais robustos; teclado e disco rígido têm proteções especiais
Notebooks suportam quedas e umidade
GIEDRE MOURA
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
A tendência do mercado é lançar notebooks de fácil transporte,
finos, compactos e leves. Mas, para quem precisa se conectar em
alto-mar ou levar o equipamento
para o topo da montanha, o que
vale é ter um micro capaz de cair
no chão, suportar peso, poeira e
umidade e ainda sair ileso após
uma pancada de chuva. E não importa que, para isso, ele seja mais
pesado ou até desajeitado.
Esses notebooks resistentes, conhecidos como robustecidos, começam a sair da esfera exclusivamente militar e
já chegam ao mercado tradicional. Fabricantes aproveitam para
incorporar às suas linhas tradicionais recursos que propiciam
maior durabilidade.
Apesar de não terem a intenção
de fazer com que o equipamento
passe por um teste de sobrevivência na selva, as empresas prometem um aparelho reforçado, que
não precisa ir para a assistência
técnica após acidentes comuns,
como os copos de água e de café
que costumam cair no teclado.
Um dos modelos mais reforçados é o GoBook III, da Itronix,
distribuído no Brasil pela Interway. Quem estiver disposto a pagar entre US$ 7.000 e US$ 8.500
pelo produto terá um portátil que
pode ser lavado. Utilizado pelo
Exército dos EUA, ele promete
sair ileso de quedas em concreto a
até um metro de altura. Outro
atrativo é a função "stealth mode", que apaga as luzes e deixa o
notebook totalmente silencioso.
Só é possível observar a tela com
óculos de visão noturna.
Capacitar a máquina com recursos de mobilidade também é
uma regra entre esses equipamentos. O GoBook dispõe de conexão sem fio Wi-Fi, Bluetooth e
via rede celular, do tipo GPRS ou
Edge. Também tem GPS (sistema
de posicionamento global) integrado e pode ser configurado para buscar automaticamente diferentes redes para conexão.
Uma opção mais acessível é o
RuggedNote, da alemã Kontron,
distribuído no Brasil pela Anacom. Seu preço estimado é de US$
2.995. Com origem militar, ele
tem gabinete de liga de magnésio
e promete funcionar debaixo de
chuva e em ambientes empoeirados. Outros atrativos são a resistência a altas temperaturas, a choques elétricos e a pancadas.
Grandes fabricantes de notebooks também têm apostado em
modelos mais robustos. Ainda
que eles não tenham tolerância a
lavagens nem ofereçam a possibilidade de serem usados sobre
uma duna sem ter os componentes danificados pela areia, esses
modelos suportam quedas, respingos e alguma umidade.
Esses equipamentos têm sido
usados em competições de aventura, como o tradicional rali Dacar. O piloto brasileiro Klever
Kolbert, que usou o notebook para contar curiosidades sobre a
prova, recorreu a um Lenovo
ThinkPad T43. Entre as características do modelo, está uma espécie de airbag, que protege o disco
rígido de impactos e de vibrações.
O teclado do portátil também é
protegido: se você derrubar café
sobre ele, a substância será conduzida até um repositório para
ser descartada.
Já o velejador Beto Pandiani levou um SempToshiba STI IL-1212
para atravessar o estreito de Drake, nas geleiras do Atlântico. O
portátil tem disco rígido à prova
de quedas e seu teclado é semiblindado, para evitar os danos
causados por respingos.
Outra linha resistente é a Latitude, da Dell, que também promete
disco rígido protegido contra
quedas e teclado selado, para evitar a penetração de umidade nos
componentes internos.
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