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GeoCities foi um dos pioneiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 1994, quando a internet ainda estava nas fraldas, o GeoCities criou o serviço de hospedagem
gratuita de páginas pessoais.
Pioneira, a empresa definiu o
conceito de comunidades na rede
mundial e conquistou a marca de
3,5 milhões de sites.
O segredo, além do espaço gratuito, está em oferecer ferramentas que ajudam o leigo a criar páginas simples em poucas etapas.
Dois anos depois de fundado, o
portal já abrigava 225 mil assinantes, que também contavam com
serviço gratuito de e-mail.
O GeoCities acertou em cheio
quando enxergou a necessidade
de os internautas mostrarem sua
cara, animais domésticos, preferências sexuais e hobbies, por
exemplo. Desencadeou ainda a
criação de dezenas de portais que
se dedicaram a oferecer o mesmo
serviço, como Tripod e Xoom.
Em 1998, a empresa entrou na
Bolsa, e o valor de suas ações no
mercado dobrou no primeiro dia,
levando a companhia ao patamar
de US$ 1,1 bilhão.
Naquele mesmo ano, o instituto
de pesquisas Media Metrix revelou um estudo posicionando o
hospedeiro em oitavo lugar entre
as dez companhias de internet
que mais cresciam. Segundo essa
pesquisa, metade dessas dez companhias hospedava páginas de internautas sem cobrar um tostão.
O sucesso do GeoCities chamou
a atenção do Yahoo!, megaportal
de serviços que nasceu como buscador de páginas. Especialistas
avaliaram, na época, que o Yahoo!
queria abocanhar mais usuários, e
a revolução das comunidades na
rede era uma das formas para ganhar mais poder e audiência junto aos internautas.
Em 99, o portal desembolsou
US$ 3,5 bilhões em ações pelo
GeoCities. Um ano antes, o portal
Lycos havia adquirido o Tripod,
concorrente do GeoCities.
No Brasil, os portais de acesso
pago foram os primeiros a oferecer hospedagem de páginas a seus
clientes. Isso foi em 97. A StarMedia, que nasceu oferecendo conteúdo, entrou no páreo dando 25
Mbytes de espaço para criar sites.
Na época, essa quantidade era
considerada um exagero. Hoje há
provedores que dão 999 Mbytes.
Na verdade, essa quantidade é
um apelo de marketing para ganhar audiência, pois um site pessoal com textos e fotos não precisa de mais do que 10 Mbytes. Esse
cálculo não se aplica se o internauta transformar sua página
pessoal em um ciberálbum de fotos, do tipo que está disponível
em centenas de sites.
(MZ)
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