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São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2003

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Governos criam locais de acesso gratuito à rede

DA REPORTAGEM LOCAL

O processo de inclusão digital teve início no governo anterior com o crescimento da infra-estrutura de telecomunicações e consequente privatização do sistema de telefonia. Outro fator que contribuiu para diminuir o fosso digital foi a criação de vários programas. Essas informações fazem parte do relatório do Fórum Econômico Mundial, que listou o Brasil em primeiro lugar no ranking latino-americano de inclusão digital.
O governo Fernando Henrique Cardoso foi responsável pela criação de fundos públicos, como o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Sua utilização, no entanto, acabou sendo prejudicada por dois fatores: ajuste fiscal e insuficiência de regras e de instituições que deveriam cuidar de sua distribuição.
No governo atual, o Ministério das Comunicações autorizou a instalação de computadores para que a população tenha acesso diário a dez minutos de internet grátis e a um endereço de e-mail. Essa medida, no entanto, já havia sido anunciada por FHC em 2001.
A meta do governo Lula é oferecer 4.200 micros conectados à rede em agências dos Correios. Esse número é inferior à meta do governo anterior, que previa a instalação de 5.690 terminais.
Uma das ações implementadas ao longo do ano passado foi o Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac). No bairro Belém (zona leste de São Paulo), foi inaugurado o primeiro ponto de acesso, com quatro terminais na entidade Lar Redenção. Também foram instalados terminais nas cidades do Rio de Janeiro e Belém do Pará.
A idéia é oferecer acesso gratuito apenas a informações do governo (sites com o domínio .gov e .org) para a população que não dispõe de terminal de computador em casa ou no trabalho.
No Estado de São Paulo foi criado o Centro de Inclusão Digital e Educação Comunitária da Escola do Futuro da USP (Cidec). A entidade trabalha em três projetos: o site de inclusão digital, o grupo de estudos e o projeto Acessa SP.
Este último conta com dezenas de Infocentros em operação espalhados pela cidade de São Paulo e pelo interior. Há endereços com acesso exclusivo para deficientes visuais, por exemplo.
A Prefeitura de São Paulo conta com mais de 40 Telecentros nas regiões sul, norte, leste e oeste da cidade, que atendem mais de 60 mil pessoas por dia. (MZ)


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