|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ONGs atendem comunidades de baixa renda
DA REPORTAGEM LOCAL
As organizações não-governamentais foram as pioneiras na
criação de espaços comunitários
com acesso à internet para população de baixa renda. Uma das
primeiras a apostar na capacitação em informática foi o Centro
para Democratização da Informática (CDI), criado por Rodrigo
Baggio em 95, quando a internet
começava a engatinhar no país.
A entidade começou com uma
Escola de Informática e Cidadania no Morro Santa Marta, em
Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, com dez jovens e cinco
computadores. Hoje a ONG conta
com 770 escolas, que já formaram
mais de 359 mil pessoas.
A proposta pedagógica é usar a
tecnologia como meio e não fim.
"É uma adaptação do método
Paulo Freire à era da informação",
diz Baggio. Ao final do curso, o jovem recebe um certificado que o
habilita a operar programas do
pacote Office e usar a internet, entre outras tarefas. O foco principal
das escolas são comunidades de
baixa renda -favelas-, mas a
ONG cria cursos em hospitais psiquiátricos, penitenciárias e com
população de rua.
A ONG Meninos do Morumbi
nasceu da iniciativa do músico
Flavio Pimenta, em 1996. Atende
hoje a mais de 3.000 crianças entre 5 e 18 anos e conta com mais de
24 atividades, entre elas percussão, dança e música.
A primeira sala de informática
na entidade surgiu entre 98 e 99.
Hoje conta com 92 máquinas conectadas à internet com acesso de
alta velocidade. Além de oferecer
aulas de computação, a Meninos
do Morumbi iniciou, em parceria
com a HP, a Garagem Digital. De
120 alunos inscritos, 86 se formaram no ano passado, com habilidade para a criação de sites. Para a
segunda edição, 286 alunos disputaram 120 vagas.
O Aprendiz, liderado por Gilberto Dimenstein, tem três projetos de inclusão digital, como o Redação-Escola e o Usina de Sites.
O Instituto Ayrton Senna tem
entre seus projetos o Cidadão 21,
em que jovens aprendem a produzir a informação em várias formas, como a criação de sites.
Entidades femininas também
oferecem cursos de capacitação
em tecnologia. É o caso do Rede
Mulher de Educação, fundado
por Moema Viezer, com projetos
de mulheres para o uso da informática em projetos comunitários.
No Rio, a comunidade Viva Favela conta com rádio on-line e informa cursos de informática populares na cidade.
(MZ)
Texto Anterior: Governos criam locais de acesso gratuito à rede Próximo Texto: Crianças aliam curso de informática a cotidiano Índice
|