DA REPORTAGEM LOCAL

O governo dos EUA anunciou sua intenção de liberar totalmente a exportação de software com funções de criptografia para 23 países, mas o Brasil não está na lista. Atualmente, as empresas americanas que queiram vender programas desse tipo precisam se submeter a restrições burocráticas, como a vistoria prévia do software a ser exportado.
Os programas de criptografia permitem codificar arquivos transmitidos entre dois computadores, evitando que eles sejam lidos por espiões.
A criptografia é muito utilizada em comércio eletrônico. Os EUA sempre dificultaram a exportação de codificadores, alegando que poderiam ser usados em comunicações terroristas.
"Existem suspeitas de que o governo americano altera os programas para facilitar a decodificação dos dados", afirma Neimar Duarte, pesquisador da USP.
Os principais programas utilizados no Brasil oferecem sistemas ultrapassados de criptografia, mas é possível conseguir mais segurança instalando algumas atualizações (veja quadro).
Segundo o embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa, o Brasil não foi incluído na lista porque não assinou um acordo de segurança com os EUA: "Vamos nos informar sobre os critérios junto ao governo dos EUA e ver o que pode ser feito", disse à Folha. (BG)


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