São Paulo, quarta, 27 de janeiro de 1999 |
Próximo Texto | Índice Tabelas de preços acompanham o dólar, mas ainda há ofertas; usados são alternativa Aonde vai o preço do micro
LUCIA REGGIANI da Reportagem Local Saber o preço de um microcomputador foi uma aventura nos últimos 15 dias. A forte oscilação das cotações do dólar, que se seguiu à mudança na política cambial, desorientou as empresas que trabalham com produtos de informática, na maioria importados. Mesmo um micro produzido no país tem cerca de 80% de seu custo em dólar -a placa principal é montada aqui, mas os componentes, e muitas vezes o cobre usado no circuito impresso, vêm de fora. Até quarta-feira passada, acreditava-se que o dólar ficaria na faixa entre R$ 1,55 e R$ 1,60. Mas a disparada de quinta e sexta deixou as empresas sem parâmetros para estabelecer os preços. Nas grandes empresas, os negócios ficaram paralisados. Nas pequenas lojas, vigorou a cotação do dólar do momento para calcular o preço do computador em reais. Nem a máquina de marca escapou. Há 15 dias, o Transglobe, micro de US$ 1.000 da Itautec Philco, custava R$ 1.250. Após a liberação do câmbio, dia 15, o preço foi a R$ 1.350. Passou a R$ 1.550 na quarta, 19, ficou sem cotação na quinta e foi a R$ 1.750 na sexta. Marcos Braga, gerente de suporte mercadológico da Itautec Philco, diz que o repasse da variação do câmbio foi pequeno porque a configuração do Transglobe mudou -o chip passou de 300 MHz para 333 MHz, ganhou acelerador gráfico AGP e saída para TV. Mas não nega um forte impacto do câmbio sobre o custo do micro. A quem pretende comprar um micro novo, resta encontrar uma boa oferta à vista, fazer uma pequena atualização na máquina velha, comprar um usado ou esperar a poeira abaixar. Até porque os juros subiram e os financiamentos rarearam. Próximo Texto | Índice |
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