São Paulo, quarta, 27 de janeiro de 1999

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PREÇOS

Hipermercado ainda tem micro barato

da Reportagem Local

Ainda é possível achar micro com preço velho. Em algumas lojas dos hipermercados Extra, por exemplo, o consumidor encontra computador a partir de R$ 1.029.
Entre os micros disponíveis no Extra, o mais barato é o Kelyx, que custa entre R$ 1.029 e R$ 1.099, dependendo da loja. Há o Metron Cyrix 300 (R$ 1.190), o Toshiba M2300 (R$ 1.490) e o Compaq 2262 (R$ 1.499). Todos esses modelos possuem processador Cyrix M II (equivalente ao Celeron, da Intel) de 300 MHz e 32 Mbytes de memória, variando a capacidade de partes como disco rígido e modem.
Também no Extra, a impressora jato de tinta colorida HP 695 teve seu preço reduzido na quinta-feira, dia 21, de R$ 399 para R$ 379.
A Applestore adotou taxa de câmbio de R$ 1,40 por dólar até o dia 31 de janeiro na venda de micros de mesa, monitores e notebooks Apple. O iMac, micro multimídia com processador G3 de 233 MHz, caiu de R$ 2.195 para R$ 1.990 e está disponível também na Plug Use e na ItautecShop.
Ainda com estoques de Natal, a Plug Use não deve reajustar preços até receber novas tabelas dos fabricantes. Até anteontem, a loja oferecia o micro HGS Optima, com chip Pentium II de 266 MHz, multimídia, por R$ 1.850.
Já a Trellis, fabricante de produtos de comunicação de dados, está mantendo o dólar na cotação de R$ 1,21 para placas fax/modem de 56 Kbps, cartões PCMCIA para fax/modem de 56 Kbps e hubs (benjamins inteligentes). A placa fax/modem P56K sai por R$ 126 mais o ICMS regional.

Tendências
As ofertas, é claro, são válidas até enquanto durarem os estoques. Se o interessado for rápido, pode conseguir um micro Acer sem reajuste em algum distribuidor. E só.
"As tabelas de preços foram dolarizadas porque não temos como assumir essa perda. Vendas a prazo, nem pensar", diz Rubens Arakawa, gerente financeiro da Acer.
A maioria das empresas espera a taxa de câmbio se estabilizar para normalizar os negócios. Até lá, a Itautec vai monitorar diariamente os preços dos componentes, uma vez que a linha de micros InfoWay é vendida sob encomenda.
Com o processador, o cérebro do micro, não há o que fazer. Embora a Intel tenha escritório no Brasil, as vendas são feitas diretamente nas fábricas no exterior, pela tabela mundial em dólar, diz Milton Izidro, gerente de tecnologia. Segundo ele, não houve alteração nos pedidos dos fabricantes. "Há gente fabricando para vendas já feitas."
A Compaq fixou tabela de preços em reais com base numa taxa de R$ 1,60 e vai mantê-la por alguns dias, diz Lucas Sacay, diretor financeiro. Mas seus prazos diminuíram de 45 dias para 20 dias.
Segundo Sacay, 80% do custo dos micros Compaq produzidos aqui são em dólar. Mas ainda não compensaria desenvolver fornecedores locais de componentes. Isso seria algo a considerar se o dólar chegar a atingir R$ 1,90 ou R$ 2,00.
A Microtec está refazendo sua planilha de custos, negociando centavos em cada contrato e procurando não repassar toda a variação do câmbio. "Não adianta repassar se o mercado não absorver", diz Vicente Soares, vice-presidente de marketing e vendas. Para ele, janeiro e fevereiro estão perdidos. "Neste ano, vamos ter de fazer 12 meses em dez."
A HP manteve durante a semana passada a mesma taxa de câmbio do período anterior para as impressoras jato de tinta produzidas aqui. Nesta semana, novos cálculos serão feitos. "A margem de lucro é pequena para absorver a alta de custos", diz Carlos Ribeiro, presidente da HP Brasil. Como cidadão, espera que tudo dê certo. "Sofrer em vão é que é duro."
(LUCIA REGGIANI)



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