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PREÇOS
Hipermercado ainda tem micro barato
da Reportagem Local
Ainda é possível achar micro
com preço velho. Em algumas lojas
dos hipermercados Extra, por
exemplo, o consumidor encontra
computador a partir de R$ 1.029.
Entre os micros disponíveis no
Extra, o mais barato é o Kelyx, que
custa entre R$ 1.029 e R$ 1.099, dependendo da loja. Há o Metron
Cyrix 300 (R$ 1.190), o Toshiba
M2300 (R$ 1.490) e o Compaq 2262
(R$ 1.499). Todos esses modelos
possuem processador Cyrix M II
(equivalente ao Celeron, da Intel)
de 300 MHz e 32 Mbytes de memória, variando a capacidade de partes como disco rígido e modem.
Também no Extra, a impressora
jato de tinta colorida HP 695 teve
seu preço reduzido na quinta-feira, dia 21, de R$ 399 para R$ 379.
A Applestore adotou taxa de
câmbio de R$ 1,40 por dólar até o
dia 31 de janeiro na venda de micros de mesa, monitores e notebooks Apple. O iMac, micro multimídia com processador G3 de 233
MHz, caiu de R$ 2.195 para R$
1.990 e está disponível também na
Plug Use e na ItautecShop.
Ainda com estoques de Natal, a
Plug Use não deve reajustar preços
até receber novas tabelas dos fabricantes. Até anteontem, a loja oferecia o micro HGS Optima, com
chip Pentium II de 266 MHz, multimídia, por R$ 1.850.
Já a Trellis, fabricante de produtos de comunicação de dados, está
mantendo o dólar na cotação de
R$ 1,21 para placas fax/modem de
56 Kbps, cartões PCMCIA para
fax/modem de 56 Kbps e hubs
(benjamins inteligentes). A placa
fax/modem P56K sai por R$ 126
mais o ICMS regional.
Tendências
As ofertas, é claro, são válidas até
enquanto durarem os estoques. Se
o interessado for rápido, pode
conseguir um micro Acer sem reajuste em algum distribuidor. E só.
"As tabelas de preços foram dolarizadas porque não temos como
assumir essa perda. Vendas a prazo, nem pensar", diz Rubens Arakawa, gerente financeiro da Acer.
A maioria das empresas espera a
taxa de câmbio se estabilizar para
normalizar os negócios. Até lá, a
Itautec vai monitorar diariamente
os preços dos componentes, uma
vez que a linha de micros InfoWay
é vendida sob encomenda.
Com o processador, o cérebro do
micro, não há o que fazer. Embora
a Intel tenha escritório no Brasil, as
vendas são feitas diretamente nas
fábricas no exterior, pela tabela
mundial em dólar, diz Milton Izidro, gerente de tecnologia. Segundo ele, não houve alteração nos pedidos dos fabricantes. "Há gente
fabricando para vendas já feitas."
A Compaq fixou tabela de preços
em reais com base numa taxa de
R$ 1,60 e vai mantê-la por alguns
dias, diz Lucas Sacay, diretor financeiro. Mas seus prazos diminuíram de 45 dias para 20 dias.
Segundo Sacay, 80% do custo
dos micros Compaq produzidos
aqui são em dólar. Mas ainda não
compensaria desenvolver fornecedores locais de componentes. Isso
seria algo a considerar se o dólar
chegar a atingir R$ 1,90 ou R$ 2,00.
A Microtec está refazendo sua
planilha de custos, negociando
centavos em cada contrato e procurando não repassar toda a variação do câmbio. "Não adianta repassar se o mercado não absorver", diz Vicente Soares, vice-presidente de marketing e vendas. Para ele, janeiro e fevereiro estão perdidos. "Neste ano, vamos ter de fazer 12 meses em dez."
A HP manteve durante a semana
passada a mesma taxa de câmbio
do período anterior para as impressoras jato de tinta produzidas
aqui. Nesta semana, novos cálculos serão feitos. "A margem de lucro é pequena para absorver a alta
de custos", diz Carlos Ribeiro, presidente da HP Brasil. Como cidadão, espera que tudo dê certo. "Sofrer em vão é que é duro."
(LUCIA REGGIANI)
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