|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Os games cresceram
Produção independente apoiada por grandes empresas e uso do corpo como controle estão entre as tendências da indústria de games
THEO AZEVEDO
ENVIADO ESPECIAL A SAN FRANCISCO
Como deter a indústria de games? O entretenimento eletrônico, que há tempos fatura mais
do que a bilheteria dos cinemas
norte-americanos, também já
deixou a música para trás, de
acordo com uma pesquisa do
Jupiter Research.
Os maiores responsáveis por
tamanho sucesso, os produtores de jogos, reuniram-se, na
semana passada, em San Francisco, EUA, para discutir os rumos do setor, deixando claro
que, cada vez mais, são os jogadores que dão as cartas.
Durante a GDC 2008 (Game
Developers Conference), ficou
clara a tendência de dar aos
produtores independentes, e
até mesmo aos jogadores, a
oportunidade de morder uma
fatia de um bolo bilionário.
No ano passado, segundo o
NPD, a venda de jogos movimentou US$ 9,5 bilhões nos
EUA, 27% a mais que em 2006.
A venda de consoles foi de US$
9,35 bilhões. As vendas de bilhetes de cinema cresceram 4%
e chegaram a US$ 9,7 bilhões,
de acordo com a Media by
Numbers.
Agora, as principais fabricantes investem em ferramentas e
serviços para democratizar a
produção de games.
Criando em rede
A Microsoft, por exemplo,
anunciou o XNA Creators Club,
que vai permitir a distribuição
de games desenvolvidos por
qualquer pessoa, por meio do
conjunto de ferramentas XNA,
via Xbox Live, a rede on-line do
Xbox 360. Os jogos podem ser
desenvolvidos para o console,
para o PC ou para o Zune, tocador de MP3 da companhia de
Bill Gates.
Em resposta ao XNA, a Sony
revelou o PhyreEngine, um
software gratuito para desenvolver jogos. O programa inclui
documentação completa, com
mais de 70 exemplos práticos,
dentre outros materiais para
auxiliar em seu manuseio.
Já a Nintendo inaugura, em
12 de maio, nos Estados Unidos, o WiiWare, um serviço de
vendas de jogos casuais para o
Wii. Com isso, a Big N alcança
seus concorrentes e passa a oferecer games de mecânica simples e preços camaradas, o que,
por sinal, tem tudo a ver com a
proposta do videogame.
No controle
A GDC 2008 também mostrou que a idéia de jogar com o
velho conhecido joystick está
ficando ultrapassada. Na busca
por novas formas de interação,
uma das iniciativas mais interessantes é o Epoc, da Emotiv,
um sistema que permite jogar
com o poder de mente, graças a
sensores que são presos à cabeça do jogador, captando as ondas cerebrais e o próprio estado
emocional, para reproduzir
ações nos games.
É bem verdade que o Wii não
foi o primeiro a utilizar um sensor de movimentos, mas, aparentemente, o console da Nintendo causou um efeito de popularização da alternativa, já
que no pavilhão de exposições
da feira havia várias empresas
com produtos do gênero. O jogador, definitivamente, está no
controle.
Texto Anterior: Acontece na internet Próximo Texto: Consoles abrem espaço para "indies" e jogadores criarem Índice
|