São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2000

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Páginas nazi vão para o tribunal

Reprodução
Uniforme de oficial nazista, peça à venda no Yahoo! por US$ 49


DA REPORTAGEM LOCAL

A ausência de fronteiras sempre foi considerada um dos pontos mais atraentes da Internet. Mas o que antes era positivo agora vem se tornando fonte de complicações judiciais.
A França e a Alemanha, por exemplo, entraram em conflito com os EUA no mês passado. Motivo: sites com conteúdo nazista.
Na França, o pivô do caso é o portal Yahoo!. O juiz Jean Jaques Gomez ordenou que o portal de buscas bloqueie, para a França, o acesso ao canal que vende relíquias nazistas. Trata-se da seção de leilões do Yahoo! americano, na qual é possível encontrar brasões com a suástica e máscaras de gás utilizadas por soldados alemães para recolher corpos em campos de extermínio.
Já na Alemanha, um representante do governo enviou uma carta para provedores americanos, solicitando que qualquer site hospedado neles que remetesse ao nazismo fosse posto fora do ar.
Hoje, em cidades da região da Westphalia (no norte do país), provedores que contenham esse tipo de página têm de pagar multas de cerca de US$ 230 mil, mesmo que não saibam da existência delas. Tanto na Alemanha como na França, a divulgação de idéias e objetos que remetam ao 3º Reich é ilegal, assim como no Brasil. Mas, como as páginas que fazem apologia ao nazismo estão hospedadas fora de seus territórios, eles ficam de mãos atadas.
Por enquanto, os EUA não pretendem rever sua lei de liberdade de expressão, que garante a existência legal desses sites.



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