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CURIOSIDADE
MIT quer utilizar o micro para entreter pássaro de estimação; pesquisa pode beneficiar crianças deficientes
Internet soluciona estresse de papagaio
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Não dá mais para saber quem
está nas salas de bate-papo.
Junto a pesquisadores do MIT
(Massachusetts Institute of Technology), a professora Irene Pepperberg, da Universidade do Arizona, está ensinando o papagaio
Arthur a usar o computador e a
navegar na Internet.
"Papagaios são criaturas muito
sociáveis", diz Pepperberg.
"As pessoas compram esses animais como bichos de estimação,
brincam com eles de manhã e pela noite, mas os deixam sós, diariamente, por oito ou nove horas."
Segundo a pesquisadora, os papagaios ficam aborrecidos quando estão presos, começam a mastigar suas penas, a gritar ou a demonstrar outros problemas de
comportamento. "Se eles tivessem algo para fazer, seriam mais
felizes e menos agressivos", considera Pepperberg.
Benjamin Resner, estudante do
MIT, teve a idéia de ensinar papagaios solitários a usar o micro para entrar na rede. E não é piada.
Susan Farlow, especialista em
comportamento animal, acredita
que isso poderia evitar que pássaros machucassem sua penugem
nos momentos de aborrecimento
e ansiedade. "Há um grande número de papagaios de estimação,
e muitos deles têm disfunções de
comportamento."
Até agora, ele não parece interessado em mais que bicar seus
companheiros virtuais quando figuras de papagaios aparecem na
tela. Mas Resner acredita que Arthur será capaz de jogar, conversar com outros papagaios em salas de bate-papo ou falar com seu
dono pelo computador.
Junto a alguns estudantes do
MIT, o pesquisador construiu para Arthur um controlador semelhante a um joystick. O papagaio
insere o bico em um furo na parte
superior do bastão e, então, movimenta-o em várias direções.
O próximo passo será desenvolver o que Pepperberg e Resner
chamam de "InterPet Explorer",
um navegador que incluiria sites
que pudessem atrair Arthur e seus
amigos papagaios, com músicas e
vídeos que os levem a diferentes
cenários da vida selvagem.
Resner, que desenvolvia software para crianças antes de chegar
ao MIT, começou a trabalhar no
projeto em agosto. Ele espera
aproveitar os estudos com Arthur
para criar novos meios de acesso à
Internet para crianças deficientes.
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