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TECNOLOGIA
Robôs conversam e
fazem companhia
das agências internacionais
Pioneiro no desenvolvimento
de robôs industriais, o Japão está
fazendo com que indivíduos mecânicos andem e falem, tornando-os mais companheiros que
domésticos.
"Antes, eles só trabalhavam",
diz Fumio Kasagami, engenheiro
de robótica da fabricante Daihen.
"Agora, se comunicam."
Robôs vêm sendo usados nas linhas de produção do Japão
desde os anos
70, cerca de dez
anos depois de
a tecnologia
chegar dos
EUA.
Em 1997, havia 710 mil robôs em uso no
Japão, cerca de
60% do total
mundial. Hoje,
a maioria dos
robôs em uso
no mundo é fabricada lá.
Mas não são mais usados apenas em fábricas. Disputas entre
robôs, por exemplo, viraram febre entre adolescentes.
Hitoshi Matsubara, pesquisador do Laboratório Nacional Eletrotécnico do Japão, prevê que, no
futuro, os humanóides serão mais
do que apenas enfermeiros ou domésticos. "Eles vão brincar e falar
com a gente."
No Japão, isso não está tão longe. A Fundação para Ciência e
Tecnologia anunciou um modelo
de 1,95 m de altura capaz de dançar, batucar e aprender movimentos com câmeras nos olhos.
A Sony lançou um cachorro eletrônico programável, e também já
há gatos computadorizados.
Cientistas da Mitsubishi criaram
o robô-peixe. E a Daihen lançou
até um terminal que conta piadas
em troca de dinheiro.
Os novos robôs geralmente
saem de projetos voltados a aplicações mais sérias.
Masahito Fujita, do Departamento de Maquinaria Industrial
do Ministério do Comércio japonês, diz que os robôs poderão ser
capazes de realizar tarefas que hoje só humanos conseguem, como
carregar peso para ajudar idosos e
trabalhar em
operações de
resgate.
Os robôs estão ficando
menores e
mais específicos -do tamanho de uma
formiga, para
explorar canos
e tubulações. E
já são sensitivos o bastante
para trabalhar
com substâncias leves. "Existe até um modelo
capaz de levantar um pedaço de
tofu", diz Fujita.
Robô-engenheiro
Nos EUA, um robô da Brandeis
University desenhou sozinho a
planta de uma ponte de dois metros com peças de Lego.
"O computador recebeu instruções a respeito da natureza física
do Lego", disse Jordan Pollock,
professor de computação de
Brandeis. Com algoritmos para
conduzir processos de tentativa e
erro baseados em propriedades
do brinquedo, e com possibilidades infinitas de combinar resultados, o robô levou um dia e meio
para desenhar a ponte. Quando
Pollock e seus colegas a construíram, a estrutura pareceu razoável.
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