São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

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Para analistas, este foi o ano dos cibercriminosos

Crescem envio de spam e roubo de dados pessoais

DA REPORTAGEM LOCAL

Os cibercriminosos se lembrarão de 2006 com saudades.
De acordo com analistas, o estelionato via internet movimentou cerca de US$ 2 bilhões neste ano, e o tráfego de e-mails indesejados, a principal arma para enganar as vítimas, bateu recordes de volume.
Para o colunista de segurança digital Brian Krebs, do site do "Washington Post" (www. washingtonpost.com), este foi "o ano da computação perigosa". Em outubro, de acordo com medição dos analistas da Postini (www.postini.com), 90% das mensagens eletrônicas que circularam pela internet eram spam. Isso representa, além de irritação para o usuário, gastos maiores para as empresas, que precisam investir em infra-estrutura para dar conta de um tráfego de dados cada vez maior.
Em contrapartida, os golpistas, que não gastam nada, tornam seus trambiques mais sofisticados graças ao uso de redes de computadores invadidos, chamadas botnets.
A principal explicação para o aumento dos ataques é a mudança de mentalidade dos ha- ckers mal-intencionados. Antes, a idéia era causar danos a milhões de máquinas para obter fama no submundo digital.
Hoje, os ataques chamam menos a atenção das autoridades e têm como objetivo final roubar dinheiro de internautas desprevenidos. Prova da intenção dos golpistas é um relatório da Symantec que mostra que o número de ataques é maior nos dias comerciais, das 9h às 17h, do que nos finais de semana.
Para piorar a situação, as fabricantes de software não fazem a lição de casa: lançam programas com falhas de segurança e demoram para publicar correções. A Microsoft teve 97 brechas de segurança descobertas em 2006. Mas não foi só a titã do ramo de programas que ficou exposta. Graças à inventividade dos criminosos, novos ramos foram explorados. Falhas em softwares como os tocadores multimídia QuickTime e Winamp também serviram como porta para os ladrões da internet. (JB)


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