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StarCraft prepara retorno após 12 anos
PRIMEIRAS IMPRESSÕES >> Veja teste de Wings of Liberty, um dos episódios em que foi dividida a sequência do jogo de estratégia
THÉO AZEVEDO
ENVIADO ESPECIAL A IRVINE
Após um hiato de quase 12
anos, a espera pela sequência
de StarCraft está chegando ao
fim: em 2010, as raças Terran,
Zerg e Protoss retornam aos
campos de batalha do jogo de
estratégia em tempo real para
novas rodadas de combates. É
quando chega Wings of Liberty,
primeiro dos três episódios nos
quais a continuação foi dividida. A Folha visitou a sede da
Blizzard em Irvine, nos Estados Unidos, para testar o game
em primeira mão.
Para os brasileiros, a boa notícia é que Wings of Liberty será lançado por estas bandas totalmente em português, desde
a embalagem até as vozes das
unidades, passando pela sincronia labial dos personagens.
Até mesmo as placas que aparecem em alguns cenários urbanos de Wings of Liberty estarão no idioma local.
Mercenários
Em StarCraft II, a Blizzard
decidiu não acrescentar novas
raças, preferindo dedicar-se a
aperfeiçoar o balanceamento
entre as três existentes.
Por isso, quem se habituou
ao título original não terá dificuldades em começar a jogar as
missões.
As mudanças aparecem, porém, na campanha para um jogador de Wings of Liberty, dedicada à raça Terran. Agora, entre uma fase e outra, é possível
pesquisar novas tecnologias e
contratar mercenários.
Com isso, o game ganha em
dinamismo e deixa de ser tão linear quanto o predecessor. O
jogador fica estimulado para jogar várias vezes a mesma missão, em busca de mais dinheiro
para adquirir tecnologias e
mercenários, que nada mais
são que "versões de elite" de
certas unidades dos Terran.
Iniciantes
Wings of Liberty não descuida dos principiantes e propõe
uma série de desafios para
quem nunca jogou StarCraft:
são missões que servem como
tutorial e ensinam, na prática,
sobre fraquezas e habilidades
de cada unidade.
Em algumas delas, é preciso
sobreviver o máximo possível a
seguidos ataques dos adversários, o que só pode ser feito se o
jogador utilizar o melhor de cada guerreiro que tem em mãos.
Multijogador renovado
Se StarCraft tem uma vida
tão longa até hoje e é extremamente popular, até mesmo em
torneios profissionais, é por
causa do robusto multijogador,
que permite várias modalidades de batalhas on-line.
Para StarCraft II, a Blizzard
preparou uma nova versão de
sua plataforma on-line, a Battle.net, que já está em fase fechada de testes.
Entre as atrações da Battle.net figura uma ferramenta
que intermedia partidas entre
jogadores de nível equivalente,
garantindo assim que um novato não enfrente um jogador
experiente logo de cara.
Além disso, a plataforma
permite exibir troféus virtuais,
conquistados ao cumprir certos objetivos de StarCraft II.
Para garantir uma vida útil
bastante longa, o game acompanhará ainda um poderoso
editor de fases, por meio do
qual será possível desenhar novos mapas e até modificações
inteiras para StarCraft II.
Blizzard no Brasil
Ao que tudo indica, a expectativa em torno de StarCraft II
é mesmo das mais altas.
A Blizzard está montando
um escritório no Brasil, com
funcionários de relacionamento com revendas, comunidade
de jogadores e imprensa. "O
Brasil é um dos maiores mercados para a Blizzard, tanto pela
grande população quanto por
ser o quinto mercado de PCs do
mundo", diz Steve Huot, responsável pelas operações na
América Latina.
De quebra, a vinda da empresa reacende a esperança de milhares de brasileiros que, hoje,
jogam World of WarCraft, RPG
on-line da companhia, cadastrando-se com endereço no exterior e pagando a mensalidade
em dólar, com cartão de crédito
internacional.
O executivo ainda desconversa sobre o assunto: "Na Blizzard, fazemos tudo da maneira
certa, e vamos olhar para isso
[lançamento de World of WarCraft] quando chegar o momento".
Se serve de consolo para os
fãs do World of WarCraft,
Huot, sem economizar na modéstia, deixa claro que a companhia veio para ficar: "Temos
pesquisado a América Latina
nos últimos 18 meses e achamos que esse mercado nunca
foi tratado como merece. Vamos mostrar o jeito Blizzard de
fazê-lo".
O jornalista THÉO AZEVEDO viajou a convite
da Blizzard
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