São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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Ginga está em desenvolvimento há 17 anos e ainda não é comerciável

DA REPORTAGEM LOCAL

O sistema Ginga, programa que servirá como um sistema operacional do conversor, está sendo desenvolvido há 17 anos por meio de uma parceria entre o Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), e o Laboratório Telemídia, da PUC-Rio, informou o professor Luis Fernando Gomes Soares, responsável pelo Telemídia.
Ele diz que o software está pronto e que alguns fabricantes já o estão testando. "Os primeiros aparelhos com Ginga devem chegar no início do ano que vem", prevê o acadêmico.
A expectativa de Walter Duran, diretor de tecnologia da Philips, é mais pessimista: ele disse, em uma reunião com a imprensa, que o Ginga estará maduro para os fabricantes no final de 2008 e que, por enquanto, não é possível construir o aparelho que o suporte sem conhecer suas especificações finais.
"Se um computador trava, as pessoas costumam entender, porque é esperado. Mas uma TV não pode travar, senão a pessoa nunca mais compra nada daquela marca. A rejeição é muito maior em eletrônicos de áudio e vídeo", diz Duran.
O Ginga é o único programa autorizado pelo Fórum do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), ou seja, os fabricantes não podem instalar outra tecnologia para oferecer interatividade.
Criado com recursos das duas universidades, do Governo Federal e de empresas de eletrônicos, de radiodifusão e de telecomunicações, o sistema e as pesquisas para definir o padrão teriam custado menos de R$ 150 milhões, informou Carlos Fructuoso, membro do conselho deliberativo do Fórum da TV Digital. (CR)


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