FOLHA - As interações pela internet são mais efêmeras do que as ocorridas no mundo real?
RIFIOTIS - Não necessariamente. Há quem tenha centenas de gigabytes gravados de conversas ocorridas pelos comunicadores instantâneos. Da mesma forma que guardávamos cartas antigas, passamos a guardar e-mails. Cultivamos isso como um acúmulo. O fato de existir um registro, armazenável em bits e em bytes, continua impactando nossos relacionamentos off-line.

FOLHA - Há uma tendência em usar a rede para documentar memórias?
RIFIOTIS - A internet não só potencializa outros tipos de relacionamentos como também permite registrá-los em comunidades ou por meio de outros dispositivos. Antes disso, as conversas se perdiam com mais facilidade. Agora, você pode salvá-las, relê-las e fazer com que continuem atuando sobre as relações que se mantêm no mundo real. São coisas novas para jogar com nossas experiências. Estamos em um momento de reavaliar a imagem e as configurações da sociedade contemporânea.


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