São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2002

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Futebol inglês é transmitido via rede

Divulgação
Tela de abertura do site do clube inglês Liverpool, que transmitiu, que jogo de futebol pela internet


DA REPORTAGEM LOCAL

Em matéria de gols, o jogo não foi dos melhores. Somente aos 37 minutos do segundo tempo saiu o primeiro e único tento, definindo em 1x0 a vitória do Liverpool contra o Manchester United. O diferencial da partida foi sua transmissão: pagando o equivalente a R$ 12, internautas de todo o mundo puderam assistir ao jogo on-line. Segundo os organizadores, foi a primeira vez em que um clássico futebolístico inglês teve transmissão via rede.
Realizado na semana passada, o evento, cuja porta de entrada foi o site www.liverpoolfc.tv, adotou o formato Windows Media 8, da Microsoft, que permite bloquear a reprodução não-autorizada de vídeos. Isso significa que o usuário não pôde assistir ao jogo em mais de um PC nem poderá revê-lo depois que acabar o período estipulado pelo detentor dos direitos autorais (até o dia 31 de janeiro).
Infelizmente problemas técnicos atrapalharam a difusão da partida. Antes de comprar seu ingresso virtual, o usuário era orientado a testar a compatibilidade do PC assistindo a um vídeo de teste.
Ocorre que, por desatenção, a empresa européia Servecast, que foi a responsável pela transmissão, só liberou o arquivo quando a partida em si já estava no ar.
Logo os internautas que não tivessem micros compatíveis só perceberiam isso tarde demais.
Nos testes realizados pela Folha, assistir ao jogo foi quase impossível. Mesmo com uma conexão de banda larga (DSL com velocidade de 256 Kbps), a taxa máxima de transmissão conseguida ficou entre 50 e 60 Kbps. Como a menor taxa de bits oferecida pela Servecast era de 225 Kbps, a qualidade de vídeo obtida foi simplesmente terrível: 0,7 fps (quadros por segundo), sendo que 20 fps são o mínimo aceitável para a visualização de um evento esportivo.
Vários dias depois, a velocidade de transmissão permanecia limitada ao mesmo patamar, o que descarta a possibilidade de congestionamento por excesso de espectadores e aponta problemas técnicos de responsabilidade da Servecast. Procurada pela Folha, a empresa não informou quantas pessoas pagaram para assistir à partida nem divulgou informações sobre o consumo de banda de transmissão. (BG)


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