São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Após ataque na rede, mãe deleta fotos

DA REPORTAGEM LOCAL

O nascimento do bebê está lá. O primeiro aniversário, também. Aquelas fotos do churrasco em família ocupam um álbum inteiro. E a viagem para o litoral é exibida em detalhes na rede social Orkut.
O que muitas famílias não sabem é que, ao colocar registros da vida privada em um ambiente público, correm o risco de parar nas mãos de criminosos. Quem já passou por isso, como a pesquisadora Marília (nome fictício), guarda lembranças dolorosas.
"Pegaram fotos do meu filho, quando ele tinha um ano, e colocaram em um site de pedofilia. Depois me mandaram o link para que eu visse e, também, para todos os meus contatos no Orkut. Chorei muito, fiquei sem dormir. Acho até que fiquei um pouco paranóica", lembra.
A pesquisadora não teve como denunciar o criminoso, pois quando foi tentar acessar novamente, a página estava fora do ar.
Depois do episódio, Marília deletou as fotos e vários contatos que ela não conhecia. "Depois de um tempo, até voltei a colocar fotos, mas só para os amigos verem. Aprendi a não me expor."

Apoio
O Instituto Sedes Sapientiae (www.sedes.org.br) oferece suporte psicológico a vítimas de abuso. "Há casos de mulheres que procuram ajuda para os maridos, religiosos envolvidos com suspeitas e até adolescentes que começaram a ter uma atitude compulsiva em relação a crianças menores", afirma a psicóloga Dalka Ferrari. (DA)


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