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Após ataque na rede, mãe deleta fotos
DA REPORTAGEM LOCAL
O nascimento do bebê
está lá. O primeiro aniversário, também. Aquelas fotos do churrasco em família ocupam um álbum inteiro. E a viagem para o litoral é exibida em detalhes
na rede social Orkut.
O que muitas famílias
não sabem é que, ao colocar registros da vida privada em um ambiente público, correm o risco de parar
nas mãos de criminosos.
Quem já passou por isso,
como a pesquisadora Marília (nome fictício), guarda lembranças dolorosas.
"Pegaram fotos do meu
filho, quando ele tinha um
ano, e colocaram em um
site de pedofilia. Depois
me mandaram o link para
que eu visse e, também,
para todos os meus contatos no Orkut. Chorei muito, fiquei sem dormir.
Acho até que fiquei um
pouco paranóica", lembra.
A pesquisadora não teve
como denunciar o criminoso, pois quando foi tentar acessar novamente, a
página estava fora do ar.
Depois do episódio, Marília deletou as fotos e vários contatos que ela não
conhecia. "Depois de um
tempo, até voltei a colocar
fotos, mas só para os amigos verem. Aprendi a não
me expor."
Apoio
O Instituto Sedes Sapientiae (www.sedes.org.br) oferece suporte
psicológico a vítimas de
abuso. "Há casos de mulheres que procuram ajuda para os maridos, religiosos envolvidos com
suspeitas e até adolescentes que começaram a ter
uma atitude compulsiva
em relação a crianças menores", afirma a psicóloga
Dalka Ferrari.
(DA)
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