São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007

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Reportagem de capa

Blogs publicam reclamações e discussão

DE OLHO Consumidores insatisfeitos recorrem a sites profissionais ou criam seus próprios quando a negociação se arrasta

DA REPORTAGEM LOCAL

Os blogs servem a um duplo propósito para os consumidores: alguns autores de páginas mais conhecidas publicam reclamações de consumidores, enquanto outros internautas decidem criar os seus próprios diários para relatar problemas que tiveram com uma determinada empresa.
Entre os sites mais populares está o Consumerist (www.consumerist.com, em inglês), conhecido por seu tom debochado e agressivo e por publicar histórias enviadas pelos leitores.
O site é um exemplo de que as empresas prestam atenção no que é dito na internet: muitas companhias respondem ao que é postado ou enviam seu lado.
Os críticos reclamam que o blog não contata as empresas antes de publicar reclamações, como é feito em outros veículos da mídia tradicional.
Mas o site marca pontos por publicar muitas delas (cerca de 12 por dia) e por veicular retratações ou posts com a versão da empresa imediatamente, quando é o caso.
Nos EUA, o "Washington Post" tem o The Checkout (blog.washingtonpost.com/thecheckout), em que são publicadas reclamações de leitores e discussões sobre temas de relevância para o consumidor.
O blog Church of the Customer (igreja do cliente; customerevangelists.typepad.com) não está concentrado em reclamações de consumidores, mas na relação deles com as empresas.
Os posts mostram tanto situações em que os consumidores participam de forma positiva na internet, criando conteúdo vinculado a uma marca, por exemplo, quanto situações em que a comunicação das empresas com seus clientes deixa a desejar.
Problema pessoal
Os blogs criados por consumidores insatisfeitos geralmente são uma resposta a negociações com uma empresa específica.
Um exemplo é o Verizon Math (verizonmath.blogspot.com), criado há dez meses por George Vaccaro, cliente da operadora.
O problema é que a empresa disse a ele que cobraria dois milésimos de centavo por Kbyte de tráfego na internet, mas, depois, cobrou dois milésimos de dólar.
Por conta do engano, o autor pagou US$ 70 a mais do que esperava. Ele demorou meses para reaver o seu dinheiro e continua brigando com a operadora, já que ela ainda informa a alguns clientes o preço incorreto.
(PL)


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