DA ASSOCIATED PRESS

Enquanto a indústria da música prepara centenas de processos contra os usuários que compartilham músicas on-line, os responsáveis por esse tipo de serviço estão fortalecendo seus respectivos programas para ajudar o internauta a mascarar sua identidade na internet.
Algumas atualizações dos softs utilizados para fazer download e upload de música, filmes etc. redirecionam as conexões dos servidores conhecidos como proxy para outros endereços, oferecendo ao internauta mais proteção.
Outros programas incorporam firewalls (proteção) ou encriptação da informação para confundir os investigadores da indústria de música, responsáveis por ficar vasculhando os internautas que estão trocando arquivos de áudio de maneira ilegal.
"Todo mundo está preocupado com sua privacidade", disse Michael Weiss, chefe-executivo da StreamCast Networks. A última versão do Morpheus - www.morpheus.com-, programa de compartilhamento de arquivos, foi baixada mais de 300 mil vezes desde o último anúncio de upgrade realizado pela companhia, há duas semanas.
A indústria de música, no entanto, insiste que os usuários não podem se esconder.
"Nada do que foi inventado até agora nos impediu de identificar quem infringe a lei", afirmou Matt Oppenheim, vice-presidente sênior da Riaa (associação da indústria da música nos EUA).
Especialistas, porém, disseram que as novas medidas poderiam tornar mais difícil rastrear usuários que estão fazendo troca de arquivos nas redes conhecidas por P2P (peer-to-peer). Nenhum serviço, contudo, pode dar garantia total de anonimato.
"Com a atual tecnologia, pode não valer a pena o esforço da Riaa para chegar até alguém", afirmou Mark Rasch, ex-promotor do Departamento de Justiça para crimes de computador nos EUA. "A uma certa altura, pode tornar-se tão difícil descobrir quem está trocando arquivos que esse internauta acaba ficando praticamente anônimo." O KaZaA Lite (www.kazaa.tk) é outro programa que fez atualização com mais recursos de proteção ao internauta.


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