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COMO FUNCIONA
Entenda como é o sistema que calcula a velocidade do saque em partidas de tênis
Radar mede força do saque de Kuerten
ALEXANDRE VERSIGNASSI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Gustavo Kuerten dá aquele saque mortal, e na tela aparece, na
hora, a velocidade do torpedo que
desconcertou o adversário.
O responsável por fornecer esse
número é um pequeno radar, que
fica incógnito no fundo da quadra, ligado a um computador.
Ele trabalha enviando e recebendo o reflexo de ondas eletromagnéticas, que se propagam à
velocidade da luz (300 mil km/s).
Por isso, a medição será sempre
precisa; não importa se quem sacou foi um leigo ou o tenista britânico Greg Rusedski, capaz de
mandar a bolinha a 239 km/h.
O radar detecta a velocidade da
bola de forma indireta. Ou seja,
ele não registra o tempo que o objeto levou para ir de um lugar a
outro, apenas lança suas ondas de
rádio sobre a bola de tênis e recebe os sinais que voltam.
"É como o sonar de um submarino. O aparelho manda as ondas
sonoras e, quando elas batem em
um objeto, voltam e são captadas.
A frequência do eco informará a
velocidade na qual o submarino
está se aproximando de um obstáculo", compara Cláudio Furukawa, pesquisador do Instituto de
Física da USP. "Com o radar é a
mesma coisa. Só que, em vez de
som, utiliza-se radiação eletromagnética."
Quando os sinais enviados pelo
radar batem em um objeto em
movimento, retornam com sua
frequência alterada. Ou seja, a distância entre cada uma das ondas
de rádio não será a mesma do momento da emissão.
Aí entra o cálculo da velocidade.
Existe uma equação matemática
capaz de indicar essa variável tendo por base apenas a frequência
original e aquela que a bolinha devolveu para o radar como uma espécie de eco eletromagnético.
Com esses dados, qualquer
computador pode calcular a velocidade da bola antes que ela chegue ao outro lado da quadra.
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