São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 2000


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Trânsito usa o mesmo sistema

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A medição da velocidade da bolinha de tênis, os radares de trânsito e a cosmologia atual devem sua existência a um fenômeno conhecido como efeito Doppler.
Descoberto em 1842, ele demonstra que a frequência de qualquer onda, seja de luz ou de som, muda conforme a velocidade que o observador estiver desenvolvendo em relação à fonte.
Isso pode ser percebido mesmo no dia-a-dia. Quando, por exemplo, uma ambulância com a sirene ligada está se aproximando e o barulho vai ficando cada vez mais agudo, é a frequência das ondas sonoras que está aumentando.
É graças a esse fenômeno que os carros que trafegam em velocidades acima das permitidas são capturados pelos radares.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), seus aparelhos lançam ondas de rádio em cada uma das pistas de uma avenida. No momento que um carro passa sobre um sensor instalado no asfalto, o radar envia um sinal em sua direção. Quando as ondas retornarem à fonte, sua frequência terá aumentado, já que o veículo vem contra o emissor.
Tendo o número de hertz (unidade de medida para frequência de ondas) que o sinal ganhou ao ricochetear no carro, o processador interno do radar já saberá sua velocidade.
Estando ela acima do permitido, o radar acionará a indefectível máquina fotográfica.

Curiosidade cósmica
O universo seria mais misterioso se não conhecêssemos o efeito Doppler. Afinal, sua aplicação em ondas de luz fez com que o astrônomo Edwin Hubble concluísse que o cosmo está se expandindo e, portanto, originou-se em uma explosão primordial: o Big Bang.



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