São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 2006

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Futebol de robôs sai da universidade e chega às casas de jogos eletrônicos

Joel Silva/Folha Imagem
Demonstração dos robôs futebolistas em ação na sede da empresa Cientistas Associados


JORGE SOUFEN JR.
DA FOLHA RIBEIRÃO

O campo não tem grama, mas placas de metal. A bola de futebol é substituída por uma bolinha de golfe. Os jogadores possuem chips, rodas e motores. O futebol de robôs, restrito a competições entre universidades, deve ganhar ainda neste ano uma nova área de atuação no Brasil: o entretenimento.
Essa é a aposta da empresa Cientistas Associados Desenvolvimento Tecnológico, de São Carlos, que lançou na última sexta-feira o Robogol, um jogo de futebol high-tech.
O Robogol será produzido para atender a casas de jogos eletrônicos e a parques temáticos. O jogo será comercializado na faixa de R$ 9.000 a R$ 13 mil pela Xbot (Extreme Robot), unidade de negócios da Cientistas Associados.

O jogo
O Robogol tem os seguintes componentes: um campo de futebol (tipo mesa de pebolim) de 2 m por 1,5 m, quatro robôs de 15 cm de altura por 18 cm de diâmetro, quatro controles sem fio, uma bola de golfe, placar e contador de tempo.
Cada time tem dois jogadores. Cada jogador usa um controle semelhante ao do PlayStation para comandar um dos robozinhos via ondas de rádio. Os comandos são simples: além dos movimentos para a frente, para trás, virar à direita e virar à esquerda, há o drible, o chute e o turbo (maior velocidade).
Os iniciantes vão tentar chocar os robôs com a bolinha de golfe para fazer o gol. Com a prática, é possível chutar e dar passes (por intermédio de um mecanismo de impacto localizado na frente dos robôs) e até driblar ou carregar a bola (com outro mecanismo parecido com um rolo giratório).
A energia utilizada pelo jogo é a elétrica: a mesa é ligada à tomada. As placas de metal do campo abastecem os robôs por pinos localizados em suas extremidades inferiores.

Jogabilidade
A Folha brincou de Robogol. Os robôs só fazem conversões de 90, mas é simples dominá-los -em poucos minutos, qualquer criança acostumada ao videogame é capaz de brincar e fazer gols com facilidade.
Os botões apertados no joystick são traduzidos rapidamente em ações dos robôs, com exceção do chute -é preciso prever a chegada da bola para que a ação seja feita com sucesso. O drible, que permite segurar a bola na frente do robôs enquanto ele percorre o campo, é o comando mais difícil.
Em cinco minutos de jogo, um dos robôs falhou duas vezes. Foi preciso dar um empurrãozinho com a mão -segundo os técnicos, a bateria do joystick estava fraca. Encontrões nas paredes do campo e entre robôs não causaram falhas no equipamento.
Os robôs possuem "capacetes" para cobrir chips e placas. Os capacetes têm cores azul ou amarela e até o desenho de pequenos olhos.
No segundo semestre, a empresa (www.cientistasassociados.com.br) pretende lançar o Sci Soccer, que tem até dez robôs (cinco em cada time), uma câmera, uma placa de captura de vídeo e módulos de processamento de imagens e de estratégia de jogo.
No Sci Soccer, o jogador atua como técnico: determina as coordenadas dos robôs e modifica seus perfis para goleiro, zagueiro ou centroavante. O jogador assiste ao jogo high-tech e muda as coordenadas de acordo com suas estratégias, em tempo real.


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