São Paulo, quarta-feira, 31 de outubro de 2007

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Som no chaveirinho

Com novos formatos e mais conteúdo, gravadoras tentam seduzir consumidores da era da música digital

Divulgação
Personalizados com imagens de Meg e Jack White, pendrives trazem álbum do White Stripes

CAMILA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Se é o fim do CD, ainda não se pode dizer. Mas, aos poucos, ele está perdendo lugar para novas formas de apresentação da música. Conhecidos dos usuários de micros e câmeras digitais, cartões SD e pendrives começam a ser adotados pela grandes gravadoras por serem mais resistentes e portáteis que as mídias ópticas.
Na semana passada, a EMI, a Universal e a Warner anunciaram que ainda neste ano começarão a vender álbuns em pendrives -os conhecidos chaveirinhos digitais, capazes de armazenar grande quantidade de informações.
A primeira experiência desse tipo foi com o álbum do White Stripes, em junho, pela Warner. Segundo a empresa, foi uma das três maiores vendas do terceiro trimestre deste ano.
Por conta disso, as gravadoras estão se aliando a fabricantes desses dispositivos para oferecerem esse produto também no Brasil, no próximo ano. Além do som, os chaveiros musicais vão trazer outros conteúdos, como fotos, vídeos e até papel de parede para o micro.
Outra plataforma alternativa para o lançamento de músicas é o celular, que já vem sendo usado desde o ano passado, por meio de acordos das gravadoras com as grandes fabricantes de telefones. Nesta semana, por exemplo, a EMI lança o álbum de Lenny Kravitz em um celular da Sony Ericsson.
Por seu lado, as operadoras de telefonia móvel estão investindo em lojas de música acessíveis com o uso do celular.
Se os grandes estúdios vêem a utilização de novas mídias como uma forma de enfrentar a pirataria e tentar reconquistar seu público, artistas independentes e pequenas empresas encaram a novidade como uma forma mais econômica de chegar ao mercado. Algumas bandas fazem sua divulgação apenas por sites de vídeo e de relacionamento.
Para atender a ambos os lados da indústria fonográfica, há rádios on-line que tanto abrem espaço para aqueles que querem disponibilizar suas músicas gratuitamente quanto oferecem links para comprar músicas e CDs que estejam sob proteção de direitos autorais.
Confira também nesta edição um teste de quatro telefones celulares com alto-falantes embutidos e tocadores de música incrementados. Todos têm câmera fotográfica, rádio FM e conexão Bluetooth.

2 bi
de dólares foi o valor das vendas de músicas no formato digital em 2006, o dobro da cifra alcançada no ano anterior. O número faz parte do relatório "Digital Music Report 2007", da IFPI


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