São Paulo, Segunda-feira, 08 de Março de 1999
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CASA PRÓPRIA
Faça as altas taxas de juros trabalharem a seu favor; aplique seu dinheiro e pague o imóvel à vista
Troque o apartamento por uma mansão


da Redação

Um financiamento imobiliário no valor de R$ 70 mil, pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), contratado para o prazo de 120 meses, inicia com uma prestação de R$ 1.136,20. Na composição desse valor, há parcelas referentes aos juros, ao seguro habitacional, à amortização da dívida e à taxa mensal cobrada pelo banco, de R$ 12, no caso do Bradesco.
Observe a tabela no alto da página ao lado. Você verificará que mais de metade do valor da prestação é dinheiro jogado fora. São as despesas com encargos e juros que incidem sobre o financiamento.
Considere a mesma simulação do financiamento de R$ 70 mil, que trabalha com a hipótese de um índice de correção (TR) de 1% ao mês, mais a taxa de juro contratual de 12% ao ano.
Se fizer as contas, você chegará à uma conclusão desoladora: o mutuário pagaria, até o final do financiamento, o equivalente a R$ 260.048,46, sendo que os juros representariam cerca de R$ 150 mil desse total.
Em vez de arcar com o custo financeiro do financiamento, faça as taxas altas de juros trabalharem a seu favor. Nos últimos dez anos, as taxas médias não ficaram abaixo dos 10%.

Ganho financeiro
Uma aplicação num fundo DI, que acompanha os juros básicos da economia, pode transformar seu sonho de comprar a casa própria numa realidade bem mais suave.
Veja, no gráfico ao lado, quanto tempo você levaria para juntar os R$ 70 mil se, em vez de financiar, investisse o mesmo valor das prestações mensais no mercado financeiro. Seriam necessários apenas 42 meses para acumular R$ 70.981,66.
Para fazer os cálculos, a UAM (Unibanco Asset Management) considerou taxas básicas anuais do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) variáveis ao longo do tempo: de 39%, no primeiro ano; de 45%, no segundo e no terceiro anos; de 32%, no quarto; de 25%, no quinto; de 20%, no sexto; de 18%, no sétimo, e de 17% do oitavo ano em diante.
As taxas são baseadas na atual curva de juros básicos da economia. Portanto, trata-se de uma simulação muito próxima à realidade se os sinais emitidos pelo governo se confirmarem.
Descontou-se dos cálculos de rentabilidade a alíquota do Imposto de Renda que incide sobre essas aplicações, de 20% sobre os ganhos.
Se continuasse depositando o valor da prestação até o 120º mês, o investidor teria, ao final do período de 120 meses, um saldo de R$ 427.831,65. Dinheiro, com certeza, suficiente para permitir ao investidor fazer um negócio bem melhor lá na frente.


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