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CASA PRÓPRIA
Faça as altas taxas de juros trabalharem a seu favor; aplique seu dinheiro e pague o imóvel à vista
Troque o apartamento por uma mansão
da Redação
Um financiamento imobiliário
no valor de R$ 70 mil, pelo SFH
(Sistema Financeiro da Habitação), contratado para o prazo de
120 meses, inicia com uma prestação de R$ 1.136,20. Na composição
desse valor, há parcelas referentes
aos juros, ao seguro habitacional, à
amortização da dívida e à taxa
mensal cobrada pelo banco, de R$
12, no caso do Bradesco.
Observe a tabela no alto da página ao lado. Você verificará que
mais de metade do valor da prestação é dinheiro jogado fora. São as
despesas com encargos e juros que
incidem sobre o financiamento.
Considere a mesma simulação
do financiamento de R$ 70 mil,
que trabalha com a hipótese de um
índice de correção (TR) de 1% ao
mês, mais a taxa de juro contratual
de 12% ao ano.
Se fizer as contas, você chegará à
uma conclusão desoladora: o mutuário pagaria, até o final do financiamento, o equivalente a R$
260.048,46, sendo que os juros representariam cerca de R$ 150 mil
desse total.
Em vez de arcar com o custo financeiro do financiamento, faça as
taxas altas de juros trabalharem a
seu favor. Nos últimos dez anos, as
taxas médias não ficaram abaixo
dos 10%.
Ganho financeiro
Uma aplicação num fundo DI,
que acompanha os juros básicos
da economia, pode transformar
seu sonho de comprar a casa própria numa realidade bem mais
suave.
Veja, no gráfico ao lado, quanto
tempo você levaria para juntar os
R$ 70 mil se, em vez de financiar,
investisse o mesmo valor das prestações mensais no mercado financeiro. Seriam necessários apenas
42 meses para acumular R$
70.981,66.
Para fazer os cálculos, a UAM
(Unibanco Asset Management)
considerou taxas básicas anuais do
CDI (Certificado de Depósito Interbancário) variáveis ao longo do
tempo: de 39%, no primeiro ano;
de 45%, no segundo e no terceiro
anos; de 32%, no quarto; de 25%,
no quinto; de 20%, no sexto; de
18%, no sétimo, e de 17% do oitavo
ano em diante.
As taxas são baseadas na atual
curva de juros básicos da economia. Portanto, trata-se de uma simulação muito próxima à realidade se os sinais emitidos pelo governo se confirmarem.
Descontou-se dos cálculos de
rentabilidade a alíquota do Imposto de Renda que incide sobre essas
aplicações, de 20% sobre os ganhos.
Se continuasse depositando o valor da prestação até o 120º mês, o
investidor teria, ao final do período de 120 meses, um saldo de R$
427.831,65. Dinheiro, com certeza,
suficiente para permitir ao investidor fazer um negócio bem melhor
lá na frente.
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