São Paulo, segunda, 10 de maio de 1999

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AÇÕES

"Soube que quem quer investir em ações tem de pagar algumas taxas. Só posso investir R$ 350 inicialmente e R$ 20 mensais. Vale a pena?"
(Carlos Holanda, CE)

Ao investir em ações, o investidor, de forma geral, paga três tipos de taxa. Uma para a corretora (corretagem), outra para a Bolsa de Valores (emolumentos) e outra de custódia (guarda das ações pela corretora).
"O valor cobrado pela custódia é o mesmo para quem aplicou R$ 350 ou R$ 350 mil", diz Eduardo Fonseca, diretor da corretora Souza Barros. "A Bolsa cobra 0,035% sobre qualquer volume aplicado. Já a taxa da corretora tem peso maior sobre aplicações menores", diz Paulo Prado, diretor da corretora Socopa.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) elaborou uma tabela de corretagem que serve de parâmetro, embora o mercado não seja obrigado a adotá-la à risca.
No quadro, você observa que quem investe entre R$ 135,07 e R$ 498,62 paga 2% (R$ 9,97) de corretagem sobre o valor aplicado. Já quem aplica acima de R$ 3.029,39 paga 0,5% mais R$ 25,21, resultando em 1,3% sobre o total investido.
A Socopa orienta o investidor a não aplicar valores inferiores a R$ 100. Um investimento de R$ 20, por exemplo, exigiria o pagamento de cerca de 13,5% de corretagem, contra 2,7% de um de R$ 100.
"Se o valor a ser aplicado for pequeno -inferior a R$ 3.000-, concentre seus recursos em apenas uma ação, visando, no longo prazo, cobrir os custos das taxas", diz Prado. Mas, neste caso, você não diversificará sua carteira e seu risco de perdas será maior.


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