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RENDA FIXA
Muitos perderam dinheiro
Confira o
ajuste feito
no seu fundo
da Redação
Na útlima sexta-feira, dois importantes fundos administrados
pela BB DTVM (Distribuidora de
Títulos e Valores Mobiliários do
Banco do Brasil) perderam cerca
de R$ 275 milhões. A cifra corresponde ao ajuste negativo feito nas
cotas desses fundos. Isso aconteceu porque suas carteiras estão recheadas de títulos prefixados.
O fundo BB Empresarial 60 teve
uma perda naquele dia de 3,42%,
o que corresponde a uma variação
negativa de 3.286,15% em relação
à taxa de juro praticada na sexta-feira (CDI over). No BB Fix 60,
a perda foi de 3,43%, com uma variação negativa, em relação à taxa
de juro, de 3.289,93%.
"Fizemos a correção no preço
do papel e, agora, os títulos passam a acompanhar as taxas do
mercado", diz Sérgio Mamede,
executivo do time de administradores de recursos da BB DTVM.
Por isso, ele diz que os cotistas
desses fundos terão suas perdas
compensadas a partir dos próximos dias, com alta dos juros.
"Resgatar neste momento seria
um erro, porque o investidor vai
perder em rentabilidade, além de
ter de pagar CPMF", diz Mamede.
Sem dúvida, foi uma das maiores perdas do mercado e deve estar
refletindo uma concentração alta
em papéis prefixados de longo
prazo (quanto maior o prazo,
maiores as perdas). Mas não deve
ser a única. Outros fundos também mantinham em carteira papéis prefixados e têm de ajustar
suas cotas a valor de mercado.
O autêntico DI
Hoje é um bom dia para o investidor verificar se o seu FIF DI estava, de fato, atrelado à variação diária das taxas de juro. Na semana
passada, a alta de juros provocou
uma correção na cota dos fundos
que estavam prefixados. Essa correção começou a ser feita na quarta-feira, refletindo a alta de terça, e
foi mais forte na sexta, com a alta
anunciada pelo governo no final
da noite de quinta.
"Esta é a hora de checar se o
fundo DI era DI mesmo", diz Vitor Duarte, administrador de fundos do Banco Bozano, Simonsen.
Na tabela ao lado, você poderá
observar como alguns fundos reagiram, até o dia 10, à alta das taxas
de juro da semana passada. Poucos bancos, entre eles o BB, divulgaram a cota do dia 11 na própria
sexta-feira.
Os fundos que fizeram ajustes
negativos da cota tinham em sua
carteira títulos prefixados e não
pós-fixados. Portanto, não eram
os chamados FIFs DI, que protegem contra as oscilações das taxas
de juro.
Não há nada de errado em se
manter papéis prefixados em carteira, se essa é a filosofia de gestão
do fundo, que tem de estar necessariamente especificada no seu regulamento.
O grave é se o investidor procurou um FIF DI para se proteger de
oscilações de taxas e seu administrador optou por correr esse risco.
Se esse é o caso, reavalie o seu administrador. Lembre-se que o regulamento funciona como um
cheque em branco, assinado por
você.
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