São Paulo, domingo, 02 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

"Não existe condenação contra a Igreja Universal"

DA REDAÇÃO

Principal líder político ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) afirma que a entidade nunca foi condenada por irregularidades. "O fato concreto é que pastores com mau comportamento são excluídos da igreja e, inconformados, acabam fazendo denúncias vazias como instrumento de protesto e às vezes até de extorsão. Eles sabem que isso tem repercussão assegurada na mídia. E tentam explorar esse fato. Mas na Justiça não há uma condenação, seja no Brasil, na África, nos EUA ou em qualquer outro dos 170 países onde a Universal está", afirmou Crivella, que é bispo licenciado da Universal.
Muitas denúncias já foram investigadas, de acordo com Crivella, pela Interpol (polícia internacional), pela Polícia Federal brasileira e por sua contraparte norte-americana, o FBI, sem nunca ter havido constatação de irregularidade.
Segundo ele, o crescimento da igreja no mundo, sobretudo na África, é resultado da "prática do cristianismo autêntico".
"O poder do Evangelho, quando pregado seguido de exemplos, faz uma revolução. A África, proporcionalmente, foi o lugar em que a igreja mais cresceu", disse.
Nos anos 90, o senador estabeleceu filiais da Universal em 22 países africanos, entre eles Maláui, Zâmbia, Quênia, Uganda, Namíbia e Madagáscar. "Agora, devemos estar em mais de 30."
Não apenas na África ocorre um crescimento acelerado da Universal. "Na Ásia eu poderia citar a Índia, onde a igreja já tem mais de dez anos. Além disso, está em todos os países da América Latina; o alcance dessa obra mundial por si mesmo a qualifica e enobrece", disse.
Para ele, a popularidade em países pobres está diretamente relacionada às carências locais. "Ocorre aquilo que Jesus disse: "Vinde a Mim vós que estais cansados e sobrecarregados. Os sãos não precisam de médicos'". Em regra, a Universal prefere enviar pastores brasileiros para trabalhar nas igrejas espalhadas por todo o mundo. Para isso, eles precisam aprender a língua local.
"Eu por exemplo tive que aprender zulu [língua falada por negros sul-africanos]. Nos anos que passei na África do Sul, não havia um só culto em que não cantássemos canções em zulu. Ganhei um disco de ouro cantando em zulu", afirma o senador. Segundo ele, a mescla da leitura do Evangelho com experiências do dia a dia ajuda muito na pregação. "O Evangelho é muito pessoal, abrange as questões da alma das pessoas. Quando o Evangelho é pregado acompanhado de exemplos, tem uma ressonância junto às pessoas."


Texto Anterior: África: Safári da fé
Próximo Texto: +(C)ultura: Décima arte ou jogada?
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.