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OUTRO LADO
"Não existe condenação contra a Igreja Universal"
DA REDAÇÃO
Principal líder político ligado à Igreja Universal
do Reino de Deus, o senador Marcelo Crivella
(PRB-RJ) afirma que a entidade nunca foi
condenada por irregularidades. "O fato concreto é que pastores com mau comportamento são excluídos da igreja e, inconformados, acabam fazendo denúncias vazias como instrumento de protesto
e às vezes até de extorsão. Eles sabem que isso tem repercussão assegurada na mídia. E tentam explorar esse
fato. Mas na Justiça não há uma condenação, seja no
Brasil, na África, nos EUA ou em qualquer outro dos
170 países onde a Universal está", afirmou Crivella, que
é bispo licenciado da Universal.
Muitas denúncias já foram investigadas, de acordo
com Crivella, pela Interpol (polícia internacional), pela
Polícia Federal brasileira e por sua contraparte norte-americana, o FBI, sem nunca ter havido constatação de
irregularidade.
Segundo ele, o crescimento da igreja no mundo, sobretudo na África, é resultado da "prática do cristianismo autêntico".
"O poder do Evangelho, quando pregado seguido de
exemplos, faz uma revolução. A África, proporcionalmente, foi o lugar em que a igreja mais cresceu", disse.
Nos anos 90, o senador estabeleceu filiais da Universal em 22 países africanos, entre eles Maláui, Zâmbia,
Quênia, Uganda, Namíbia e Madagáscar. "Agora, devemos estar em mais de 30."
Não apenas na África ocorre um crescimento acelerado da Universal. "Na Ásia eu poderia citar a Índia, onde a igreja já tem mais de dez anos. Além disso, está em
todos os países da América Latina; o alcance dessa obra
mundial por si mesmo a qualifica e enobrece", disse.
Para ele, a popularidade em países pobres está diretamente relacionada às carências locais. "Ocorre aquilo
que Jesus disse: "Vinde a Mim vós que estais cansados e
sobrecarregados. Os sãos não precisam de médicos'".
Em regra, a Universal prefere enviar pastores brasileiros para trabalhar nas igrejas espalhadas por todo o
mundo. Para isso, eles precisam aprender a língua local.
"Eu por exemplo tive que aprender zulu [língua falada por negros sul-africanos]. Nos anos que passei na
África do Sul, não havia um só culto em que não cantássemos canções em zulu. Ganhei um disco de ouro cantando em zulu", afirma o senador. Segundo ele, a mescla da leitura do Evangelho com experiências do dia a
dia ajuda muito na pregação. "O Evangelho é muito
pessoal, abrange as questões da alma das pessoas.
Quando o Evangelho é pregado acompanhado de exemplos, tem uma ressonância junto às pessoas."
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