São Paulo, domingo, 03 de junho de 2001

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+ notas

Uma esquadra pouco destemida
A nova geração de filósofos espanhóis está reunida no recém-lançado "Que Piensen Ellos" (ed. Opera Prima, 15,63 euros). Com menos de 45 anos e quase desconhecidos fora de seu país, eles escrevem sobre temas como tráfico de drogas, violência e nacionalismo. Pontos em comum: discussão do papel do intelectual na sociedade e recusa em bloco da herança marxista.

Na cidade febril de Trieste
Claudio Magris é um dos principais escritores italianos de hoje. Autor de uma obra vasta, que inclui "Danúbio" (Rocco) e "Un Altro Mare", Magris acaba de publicar "La Mostra" (Garzanti). Seu personagem central é o boêmio pintor Vito Timmel, que, movido por paixões intensas, acabará em um manicômio de Trieste.

Os dez mais sobre futebol
O diário inglês "The Times" convidou 50 especialistas para elegerem os dez mais importantes livros sobre futebol de todos os tempos. O problema é que a maior parte dos livros escolhidos só diz respeito ao futebol inglês. Entretanto o primeiro lugar ficou com o saboroso "Febre de Bola" (Rocco), o único da lista a ter sido traduzido aqui.
Nele, Nick Hornby relembra sua vida de peregrinação pelos apertados estádios ingleses para acompanhar os jogos de seu time, o Arsenal. Ele tenta entender como a paixão por um dos times mais populares do país foi se apoderando de seu dia-a-dia, substituindo o vácuo deixado por relações familiares e afetivas frustradas. "Febre de Bola", de 1992, é o livro sobre esportes mais vendido na Inglaterra em toda a história.

Improvisos e fantasia
O caderno de livros deste mês do "Village Voice" destaca sete autores que prometem ser as novas sensações da literatura dos EUA. Pinçadas de uma "batelada de manuscritos", algumas surpreendem. Como "To Repel Ghosts" (Resistir aos Fantasmas, ed. Zoland), de Kevin Young, que ressuscita o poema épico "para construir uma série caleidoscópica de "riffs'" sobre o artista plástico Jean-Michel Basquiat (na foto, à dir.). Mas o mais inusitado é "The Melancholy of Anatomy", de Shelley Jackson, que sai em 2002. É uma "fantasia fisiológica" sobre um ovo que cresce desmesuradamente e um feto que flana pelas ruas. "Isso remete a Kafka", diz Jackson ao "Voice".


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