São Paulo, domingo, 04 de agosto de 2002

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José Simão

De tanto culto, Garotinho fica culto!

Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente! O braço armado da gandaia nacional. Direto do FHnistão! Esta foi a grande notícia da semana: saiu o implante de neurônios. É verdade. A ciência conspira em favor das loiras. Agora dá pra botar peito e cérebro. Bota o peito da Sheila Mello e cérebro de participante de Big Brother! E constatei que tudo o que FHC diz está cada vez mais profundo. Profundo Monetário Internacional!
Rarará!
E a crise? Eu entendi a crise: vai ficar tudo como tá, só que muito mais caro. Rarará! E um leitor me sugeriu um novo bicho pra estampar a nota de real: javali. JÁ VALI! Nota de R$ 500, já vali! E acaba de sair a versão tupiniquim do curralito. É o Curralado! Rarará!
E um outro leitor sugeriu uma nova paridade, câmbio a quilo; um quilo de real igual um dólar. E dólar derruba os importados. E o uísque? Tenho que começar minha adaptação ao Old Eight. Aos poucos e com guaraná. E o macarrão? Acabou esse negócio de grano mole e grano duro. Agora é macarrão Fortaleza! E os paulistas como ficam? Ficam arrasados. Porque paulista é o único povo que leva macarrão a sério: ravioloni, agnolotti, papardelli. Paulista consegue chupar espaguete em silêncio!
Ereções 2002! Garotinho é o mais culto de todos. Só ontem ele foi a três. Você reparou na agenda do Garotinho? Dia tal: culto. Dia tal: culto. Dia tal: culto. Vai ser culto assim no culto! E eu sei o único jeito de Serra subir: manda o FHC atrelar o Serra ao dólar! E o Serra tá com cara de vampiro que não vê sangue há muito tempo. E eu sei o futuro do Serra: apelar pro seguro-desemprego!
Rarará!
E o Ciro é o genérico do Viagra, só sobe. E diz que ele começa seus discursos assim: meus patrícios e minhas patrícias! E o Lula continua imexível, ninguém mexe com ele e ele não mexe com ninguém!
E continua a todo o vapor o meu dicionário tucano, o famoso Bestiário Tucanês. É que um amigo meu estava em Visconde de Mauá quando viu a placa: "Comida Mineira Contemporânea". Tucanaram o torresminho! Tá tudo tucanado. Não tem como escapar! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
O já famoso estoura Brasil!

simao@uol.com.br



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