São Paulo, domingo, 04 de novembro de 2001

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Nesta quarta e quinta-feiras os grandes problemas de metrópoles como Nova York, Varsóvia, Paris e São Paulo serão debatidos no "Colóquio Internacional Hexápolis 2", realizado na PUC-SP (tel. 0/xx/11/3670-8222). Sua coordenadora no Brasil, Maura P.B. Véras, conversou com o Mais! sobre o projeto.

Exclusão social e violência são inerentes às megalópoles contemporâneas?
As megalópoles capitalistas apresentam contrastes crescentes em termos de pobreza, exclusão do acesso à cidade e violência. Por si só excludente, o capitalismo de hoje avança com efeitos visíveis: globalização da economia, reestruturação produtiva, "enxugamento" dos papéis do Estado. Contudo, apesar do aumento da conectividade -estamos todos on-line-, há complementaridade e competitividade entre países e suas cidades no mercado global. Mas é inequívoca a presença progressiva da pobreza no mundo.

As grandes metrópoles se igualam no caos?
Cidades como Paris, Nova York e Londres apresentam atributos comuns: contraste social, violência e pobreza -um Terceiro Mundo gestado contraditoriamente no bojo do Primeiro. E metrópoles do Terceiro Mundo -São Paulo, por exemplo, e também as da África-acabaram por apresentar um pequeno Primeiro Mundo, uma elite conectada ao setor de ponta da economia mundial. Mas cada qual deve ser vista na sua singularidade.

É possível uma urbanização que recupere a qualidade de vida?
As grandes metrópoles estão sendo reinterpretadas por muitos estudiosos, como Manuel Castells, Jordi Borja e M. Gottdiener . Eles crêem que é possível resgatar a qualidade de vida nas metrópoles, se formos capazes de considerar a presença humana -não só a cidade da pragmática da circulação de pessoas e mercadorias. Mas para isso a urbanização não pode estar movida por interesses predatórios do capital imobiliário, nem ser conduzida por políticas privatistas e eleitoreiras.



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