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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BUENOS AIRES
A
Itália vive uma renovação no estudo sobre o fascismo: segundo Eugenia Scarzanella,
responsável pela compilação dos artigos de "Fascistas en América del Sur", até
poucos anos atrás os historiadores italianos privilegiavam o estudo do antifascismo, provavelmente motivados a trabalhar com temas considerados "politicamente corretos".
Assim, negligenciaram
aspectos relevantes do movimento fascista, como a
disseminação da ideologia
entre emigrados, afirma
Scarzanella. A obra (edição
argentina Fondo de Cultura
Económica, 352 págs., 52
pesos, R$ 25) resulta de um
projeto de pesquisa financiado pelo Ministério da
Universidade e da Pesquisa
Científica da Itália.
"Os ataques ao historiador Renzo De Felice (1929-96), cujos estudos revelaram o consenso dos italianos em relação ao regime
fascista, contribuíram para
essa situação", afirma. "O
fascismo oferecia um instrumento de identidade e
integração dos imigrantes
na sociedade de acolhida."
Segundo a historiadora,
"o regime fascista levou
adiante uma política eficaz
entre os italianos no exterior; para eles a Itália de
Mussolini era um país que
podia se apresentar como
moderno e protagonista da
política mundial."
O livro reúne textos que
tratam do Brasil, da Argentina e do Peru e usa como
fontes os documentos diplomáticos italianos, os arquivos dos países sul-americanos e as coleções das
imprensas étnicas locais.
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