São Paulo, domingo, 06 de setembro de 2009

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BUENOS AIRES

A Itália vive uma renovação no estudo sobre o fascismo: segundo Eugenia Scarzanella, responsável pela compilação dos artigos de "Fascistas en América del Sur", até poucos anos atrás os historiadores italianos privilegiavam o estudo do antifascismo, provavelmente motivados a trabalhar com temas considerados "politicamente corretos".
Assim, negligenciaram aspectos relevantes do movimento fascista, como a disseminação da ideologia entre emigrados, afirma Scarzanella. A obra (edição argentina Fondo de Cultura Económica, 352 págs., 52 pesos, R$ 25) resulta de um projeto de pesquisa financiado pelo Ministério da Universidade e da Pesquisa Científica da Itália.
"Os ataques ao historiador Renzo De Felice (1929-96), cujos estudos revelaram o consenso dos italianos em relação ao regime fascista, contribuíram para essa situação", afirma. "O fascismo oferecia um instrumento de identidade e integração dos imigrantes na sociedade de acolhida."
Segundo a historiadora, "o regime fascista levou adiante uma política eficaz entre os italianos no exterior; para eles a Itália de Mussolini era um país que podia se apresentar como moderno e protagonista da política mundial."
O livro reúne textos que tratam do Brasil, da Argentina e do Peru e usa como fontes os documentos diplomáticos italianos, os arquivos dos países sul-americanos e as coleções das imprensas étnicas locais.


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