São Paulo, domingo, 6 de setembro de 1998

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SAIBA

Constantin Stanislavski (1863-1938) - teórico do teatro, ator e diretor russo, foi o criador de um conjunto de prescrições para o desempenho do ator que ficou conhecido como "método de interpretação". Sua finalidade era estimular o ator a aderir à personagem o máximo possível, a fim de "vivê-la".
Stanislavski foi o fundador do Teatro de Arte de Moscou, em 1898, que teve entre seus colaboradores fixos Anton Tchecov -que escreveu "As Três Irmãs" (1901) e "O Jardim das Cerejeiras" (1903) especialmente para a companhia. Stanislavski é autor, entre outros, de "Minha Vida na Arte".

Bertolt Brecht (1898-1956) - Dramaturgo, teórico e poeta alemão. Influenciado pelo marxismo, Brecht faz em suas peças uma crítica mordaz da sociedade moderna. Brecht rompeu tanto com o palco ilusionista quanto com o realismo socialista. Defendeu um "teatro épico", cujo principal postulado é o "distanciamento": os atores demonstram as próprias personagens em ação, ao invés de se identificarem com elas.
Entre suas peças estão "A Ópera dos Três Vinténs" (1928), em parceria com Kurt Weil, e"Galileu Galilei" (1938).

The Actors Studio - Escola para atores profissionais fundada em Nova York, em 1947, por Elia Kazan, Cheryl Crawford e Robert Lewis. Baseado nas técnicas de Stanislavski, o Actors Studio teve entre seus alunos James Dean, Marlon Brando e Geraldine Page.

Teatro Brasileiro de Comédia - Fundado em 1948 pelo industrial Franco Zampari, o TBC foi a primeira companhia de teatro profissional de São Paulo. Tendo em seu elenco diretores como Adolfo Celi e Ziembinski, o TBC incrementou no Brasil a arte de interpretar, a cenografia e a encenação. Seu repertório privilegiava sobretudo autores estrangeiros, como Tennessee Williams e Pirandello, embora o TBC também tenha encenado brasileiros como Jorge Andrade. A companhia acabou em 1964.

Teatro de Arena - Criado em 1953 pelo diretor José Renato, o Arena atuava na mesma linha do TBC, embora tenha inovado o espaço cênico com o uso da arena. A segunda fase do grupo tem a participação de Augusto Boal, Oduvaldo Vianna Filho -o Vianninha- e Gianfrancesco Guarnieri, quando o Arena passa a politizar seus temas -o morro, a favela, o operário, a denúncia social. O sucesso vem, em 1958, com "Eles Não Usam Black-Tie", de Guarnieri.

Centro Popular de Cultura - O CPC surgiu de uma dissidência do Teatro de Arena, em 1961, no encontro entre Vianninha, Leon Hirzsman, Carlos Estevam Martins, entre outros. O CPC participou ativamente das chamadas UNE-volantes, caravanas que levavam cultura e discussão política a todas as capitais do país. Formou em seus quadros nomes como Carlos Diegues, Edu Lobo, Paulo Francis e Sérgio Ricardo. O grupo se dissolveu logo após o Golpe de 1964.



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