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Manifesto "contra" alerta para acirramento de tensão
DA REDAÇÃO
Entre os argumentos e
profissões de fé apresentados no manifesto assinado
por 114 intelectuais e artistas
contrários à aprovação dos
projetos da Lei de Cotas e do
Estatuto da Igualdade Racial,
figuram:
1. Se os projetos forem aprovados, a nação brasileira passará a definir os direitos das
pessoas com base na tonalidade da sua pele, pela "raça".
A história já condenou dolorosamente essas tentativas.
2. A análise de que as políticas se justificariam por corrigirem um mal maior não é
realista nem sustentável, e
temem-se as possíveis conseqüências das cotas raciais.
3. A adoção de identidades
raciais não deve ser imposta
e regulada pelo Estado.
4. Políticas dirigidas a grupos "raciais" estanques em
nome da justiça social não
eliminam o racismo e podem
até mesmo produzir o efeito
contrário, dando respaldo legal ao conceito de raça e possibilitando o acirramento do
conflito e da intolerância.
5. O principal caminho para
o combate à exclusão social é
a construção de serviços públicos universais de qualidade nos setores de educação,
saúde e Previdência, em especial a criação de empregos.
6. A invenção de raças oficiais tem tudo para semear
esse perigoso tipo de racismo, como demonstra a história, e bloquear o caminho
para a resolução real dos
problemas de desigualdade.
7. Busca-se um Brasil no
qual ninguém seja discriminado pela cor, sexo, vida íntima e religião; onde todos tenham acesso a todos os serviços públicos.
8. Almeja-se que seja valorizada a diversidade como processo integrante do caminho
de toda a humanidade.
9. Essas metas só serão alcançadas pelo esforço comum de cidadãos de todos os
tons de pele contra privilégios odiosos que limitam o
princípio republicano da
igualdade política e jurídica.
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