São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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Betty Friedan por... Naomi Wolf

Betty Friedan foi a fagulha que incendiou o século 20 em termos da revolução de gênero. Franca e destemida, estava preparada para denunciar os fracassos e hipocrisias de toda a cultura em relação ao "problema que não tem nome". Ela foi e é profundamente importante em diversos níveis. Primeiro, inventou o gênero literário com o qual autores de décadas posteriores analisariam as mitologias que cercam as mulheres -ao popularizar a teoria intelectualizada de Simone de Beauvoir e treinar uma visão de socióloga para as efemeridades e detritos da vida cotidiana das mulheres.
Segundo, ela reinventou o ativismo feminista dormente, ao co-fundar a Organização Nacional de Mulheres (NOW, na sigla em inglês), um modelo de organização que conseguiu pôr em prática uma série de reformas então inimagináveis -do pagamento igual pelo mesmo trabalho à reformulação do movimento para garantir os direitos reprodutivos. Finalmente, criou uma análise radical seguida de pressão reformista. É difícil pensar em um indivíduo que tenha criado de forma mais completa o século 20 ocidental.


Naomi Wolf é um dos nomes mais importantes da terceira onda do feminismo e autora de "Promiscuidades" (Rocco).


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