São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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Betty Friedan por... Camille Paglia

Simone de Beauvoir manteve acesa a chama feminista depois que as mulheres conquistaram o direito ao voto. Betty Friedan foi a facilitadora pragmática que recriou a organização política do movimento sufragista.
Mas, ao contrário do que se afirmou tantas vezes, Friedan não inspirou toda uma geração de mulheres à ambição e à realização. Essas forças estavam bem lançadas antes que ela publicasse seu primeiro livro, em 1963. Friedan não criou Germaine Greer nem criou a mim.
No despertar da revolução sexual, as mulheres se rebelaram de maneira extravagante nos anos 60. O movimento feminino foi uma corrente que surgiu daquela década; nunca foi a coisa completa. E, com sua história pessoal desafiadora e sua visão épica da arte e da política, Greer continua sendo para mim uma figura mais central que Friedan.


Camille Paglia é professora de estudos de mídia e ciências humanas na Universidade das Artes, na Filadélfia. É autora de "Personas Sexuais" (Cia. das Letras). Proclama-se feminista, mas diz que a dominação masculina é uma questão mais hormonal do que cultural. Estes dois textos foram publicados no jornal inglês "The Guardian".


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