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O livro de cabeceira
"O Pequeno Príncipe", em primeiro lugar, e "Cem Anos de Solidão", em segundo,
são as obras que mais marcaram os leitores
da Redação
Um clássico da literatura infanto-juvenil francesa, "O Pequeno Príncipe", continua seduzindo as multidões. Entre as pessoas entrevistadas pelo Datafolha que disseram existir um
livro que tenha marcado muito a vida delas, a história
do menino que vive sozinho em seu pequeno planeta é a
obra mais lembrada (4%).
A pesquisa foi realizada com compradores de livros
em 18 livrarias das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro
e mostra que a maioria dos entrevistados (63%) já leu
algum livro que marcasse a sua vida (24% disseram não
ter lido nenhuma obra que se enquadrasse nesse critério e 13% não souberam responder).
O texto de Antoine Saint-Exupéry (1900-1944) ficou à
frente de "Cem Anos de Solidão", romance mais famoso do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982,
o colombiano Gabriel García Márquez, segundo colocado com 3%. Nele, é contada a história de diversas gerações da família Buendía na fictícia cidade de Macondo, no litoral do mar do Caribe.
Com relação ao grau de escolaridade, o livro vem em
primeiro entre os entrevistados com pós-graduação em
São Paulo, e é também o mais citado entre os estudantes
de primeiro e segundo graus no Rio.
Curiosamente, "O Pequeno Príncipe" obteve menções expressivas entre as mulheres (3% contra 1%) em
São Paulo e entre os homens (6% contra 5%) no Rio de
Janeiro.
Empate quádruplo "O Mundo de Sofia", as aventuras de uma menina que desvenda aos poucos o mundo da filosofia, do escritor norueguês Jostein Gaarder,
ficou empatado na terceira colocação com alguns companheiros ilustres: "Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski, e a Bíblia. O primeiro, um clássico da literatura
russa, pela primeira vez está sendo traduzido direto de
sua língua original e será lançado até o final do mês pela
Editora 34. Com eles, também na terceira posição (2%
dos entrevistados), aparece uma obra escrita por autor
brasileiro, o romance psicografado "Violetas na Janela", de Vera Lucia Marinzeck Carvalho.
A Bíblia foi mais lembrada entre os pesquisados com
idade de 26 a 45 anos em São Paulo e entre os com idade
acima de 45 anos no Rio.
Apesar de Saint-Exupéry ter o livro mais citado, ele
empata com García Márquez e com Zibia Gasparetto se
forem consideradas todas as obras citadas de cada autor. Os três obtiveram 4% das menções.
Separadamente, inclusive, García Márquez supera
Saint-Exupéry em São Paulo, com 5% de indicações
contra 2% para o francês; ele ganha no Rio, com 6%
-García Márquez tem 3%.
Entre os autores brasileiros, os que tiveram mais citações foram Machado de Assis, Paulo Coelho, Vera M.
de Carvalho e Erico Verissimo (cada um com 2%). Coelho é também o mais mencionado entre os entrevistados do sexo masculino (3% contra 1%) no total geral das duas cidades.
Motivações variadas A indicação dos livros teve
motivos tão variados quanto a própria lista de apontados, sendo as duas principais razões os "aspectos relacionados à existência humana" (34%) e razões "de cunho literário" (32%). O primeiro caso englobava respostas como "porque o livro marcou minha adolescência" ou "porque o livro narrou experiências pelas quais
eu já passei em minha vida". Dentre as motivações literárias, houve respostas como "por gostar do enredo ou
mensagem do livro", "identificação com o protagonista" e "qualidade do autor".
Outras motivações incluíram questões espirituais,
culturais, profissionais, históricas, sociais, filosóficas e
escolares.
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