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São Paulo, domingo, 16 de março de 2003

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Uma história "non grata" dos vencidos
Um dos livros mais vendidos -e criticados- nas últimas semanas na Alemanha é "Der Brand" (A Conflagração, ed. Propyläen, 25 euros), do historiador Joerg Friedrich. Trata-se de um relato do impacto dos intensos bombardeios aliados no país, entre 1940 e 45, que resultaram em cerca de 630 mil mortos. Mesmo recebendo elogios emocionados de vários sobreviventes, o livro é acusado de nivelar as culpas de aliados e nazistas e alimentar o nacionalismo, bandeira da direita alemã.


Invenção e repetição na Idade Média
Reafirmando sua crítica à imagem do senso comum sobre a Idade Média, o historiador francês Jacques le Goff lança "À la Recherche du Moyen Age" (ed. Louis Audibert, 176 págs., 16 euros), uma entrevista a Jean-Maurice de Montremy. Le Goff revê sua carreira e diz que, embora muito "criativa", a Idade Média não se agarrava à idéia de progresso, mas à repetição da excelência: "São Tomás de Aquino, imenso inventor de idéias, teria se escandalizado de se ver célebre como um inovador".


A guilhotina intelectual da Argentina
Matéria recente do "Clarín" aborda a maciça fuga de cérebros ocorrida na Argentina. Só nos últimos 30 anos, pelo menos 50 mil pessoas com diploma universitário e 20 mil doutores já formados deixaram o país. Além dos danos irrecuperáveis provocados na produção científica, essa cifra representaria ao país, segundo o jornal, um prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão. As razões para o êxodo seriam o agravamento da crise econômica e a falta de perspectivas para a vida acadêmica.


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