São Paulo, domingo, 16 de abril de 2000


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Quem foi

Roberto Arlt nasceu em Buenos Aires, em 1900. Filho de um alemão e uma austríaca, acabaria por fugir de casa aos 16 anos, após seguidos desentendimentos com o pai, autoritário e violento.
Devido a problemas de conduta, Arlt foi expulso de todas as escolas que frequentou, tornando-se autodidata. Exerceu, então, diversas funções, como a de pintor, estivador e mecânico.
Aos 19 anos publica sua primeira obra -"Las Ciencias Ocultas en la Ciudad de Buenos Aires"-, em que já se nota o interesse pelo ocultismo herdado de sua mãe e que se mostrará decisivo para compreender sua obra.
Paralelamente redige sua primeira novela, "El Juguete Rabioso" (O Brinquedo Raivoso), que será publicada apenas em 1926, graças ao apadrinhamento do escritor e amigo Ricardo Güiraldes.
Para ganhar a vida, Roberto Arlt passa a trabalhar em vários jornais, mas será como colunista de "El Mondo", a partir de 1928, que se tornará mais conhecido. Seus textos alavancam o lançamento, em 1929, daquele que será considerado seu principal romance, "Os Sete Loucos".
Roberto Arlt cunha aí dois personagens emblemáticos de toda sua obra: Erdosain, típico representante da classe média baixa portenha, perturbado pela impotência financeira e sexual, e o místico Astrólogo, mistura de cínico e louco que sonha em criar uma sociedade totalitária para corrigir a humanidade.
Vêm em seguida "Os Lança-Chamas", de 1931, e "O Amor Bruxo", de 1932.
Em 1933 Arlt escreve para "El Mondo" suas "Aguafuertes Porteñas", uma série de crônicas sobre a sociedade argentina que fazem grande sucesso.
Em 1933 e 1941, publica seus dois volumes de contos, "El Jorobadito" (O Corcundinha) e "El Criador de Gorilas", respectivamente.
Também produziu peças de teatro, como "Savério, o Cruel" e "O Fabricante de Fantasmas".
Desprezado pelas rodas literárias de sua época, Roberto Arlt se tornou, para a literatura argentina, o símbolo do escritor torturado e genial. Morreria em 1942.


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