São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

+ poesia

No limite da poesia

Na semana do aniversário de São Paulo, o Mais! publica poema noturno de Jorie Graham, sobre conflitos de uma mulher numa cidade

ARTHUR NESTROVSKI
ARTICULISTA DA FOLHA

A poesia de Jorie Graham (1951) "pode ajudar outros poetas norte-americanos a recordarem que existe uma dimensão da lírica que vai além do meramente pessoal e do meramente social. É uma dimensão que se pode encontrar em Emily Brontë e Emily Dickinson: austera, ligada à renúncia, visionária, mas também detalhista, intimista, saturada de fenômenos", diz a crítica literária Helen Vendler sobre uma de suas autoras favoritas.
Nascida em Nova York, Jorie Graham chegou tarde à poesia, mas foi para ficar. Desde o livro de estréia, "Hybrids of Plants and of Ghosts" (1980), publicou oito volumes de poemas e organizou duas antologias.
Pela coletânea "The Dream of the Unified Field" (1996) levou o Prêmio Pulitzer de Poesia. Hoje dá aulas em Harvard. Intelecto e paixão fazem um contraponto único em sua poesia, que parece escrita num fim-de-linha, no limite de uma idéia do que seja um poema. É uma arte maneirista, rica de referências e auto-referências e ao mesmo tempo imantada pelas sensações.


ARTHUR NESTROVSKI é editor da Publifolha, autor de "Notas Musicais" e organizador de "Lendo Música - 10 Ensaios Sobre 10 Canções", ambos pela mesma editora, entre outros livros.


Texto Anterior: Papagaios e piratas
Próximo Texto: Canção radical
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.