DA REDAÇÃO

A empresa norte-americana Chiquita Brands é a sucessora da United Brands, nome que a United Fruit assumiu quando enfrentou uma crise financeira nos anos 1970.
Procurada pela Folha, a empresa criticou Chapman por não relatar essa história posterior em seu livro "Capitalistas da Selva". Segundo a assessoria da empresa, a Chiquita é "muito diferente do que pode ter sido no passado".
Foram citados como exemplos a ausência de contratação de menores de idade e a certificação ambiental em todas as suas operações bananeiras.
No último dia 12, o "Financial Times" publicou uma resposta do ambientalista Gary Taylor (ao artigo reproduzido pelo Mais! na página ao lado e nesta), lamentando que Chapman tenha perdido a oportunidade de "retratar uma multinacional de sucesso em uma mudança radical que vai muito além de superar o passado em xeque". Segundo Taylor, a diminuição de pesticidas e de danos ambientais levada a cabo pela Chiquita deixou a concorrência "atordoada".
A Chiquita Brands detém (e usa) os direitos de imagem da personagem Chiquita Banana, a imitação de Carmen Miranda que influencia a cultura de massa dos EUA desde 1944. Nesse ano, foi veiculado em TV o desenho animado em que a enfeitada banana explica, cantando, a importância da fruta para a dieta.
Uma similaridade mais grave entre Chiquita e United Fruit veio à tona em março, quando a Chiquita fez acordo judicial que prevê o pagamento de multa de US$ 25 milhões [R$ 50 milhões] após reconhecer ter pago US$ 1,7 milhão a paramilitares colombianos classificados como grupos terroristas pelos EUA.
Segundo a empresa, o dinheiro, destinado a grupos tanto de esquerda quanto de direita, foi dado em troca de proteção depois da ocorrência de casos de violência contra funcionários de sua subsidiária na Colômbia.


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