São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Guerra da Coréia levou a ruptura com Sartre

DA REDAÇÃO

Principal expoente da fenomenologia na França, Maurice Merleau-Ponty (1908-61) foi o filósofo e crítico social que melhor explorou a primazia da percepção como forma de chegar ao real. Diferenciava-se de outros fenomenologistas -como o próprio Edmund Husserl (1859-1938), que o influenciou- ao defender que a realidade de um mundo transcende a consciência que temos dele.
Em seus estudos sobre a percepção, enfatizou o físico e o biológico como níveis de conceitualização que preconizam todos os conceitos mentais. Por ser a fonte de todo o conhecimento humano, a percepção deveria ser estudada antes de toda a ciência convencional, diz Merleau-Ponty.
Sua atuação política e social pode ser encontrada na mais sofisticada defesa do comunismo soviético nos anos 40, "Humanismo e Terror", uma reunião de ensaios marxistas em que atacou o que chamava de hipocrisia ocidental.
Desiludido com a Guerra da Coréia (1950-53) e com os rumos do comunismo, rompeu com Jean-Paul Sartre (de quem era próximo, a ponto de ser considerado existencialista) por este defender a Coréia do Norte. Nos anos 50, afastou-se do marxismo, abandonando a visão de que se tratava do momento final na história.


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