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Autor divide o país entre "modernos" e "arcaicos"
DA SUCURSAL DO RIO
Com mestrado e doutorado em ciência política pelo Instituto
Universitário de Pesquisas
do Rio de Janeiro, Alberto
Carlos Almeida ganhou
projeção fora do ambiente
acadêmico após dirigir institutos de pesquisa vinculados à Universidade Federal
Fluminense e à Fundação
Getulio Vargas.
Atualmente, é sócio do
Instituto Análise, onde faz
estudos com base em pesquisas de opinião pública.
Em 2007, as conclusões
de seu livro "A Cabeça do
Brasileiro" geraram intenso
debate ao mostrar que elites e classes mais pobres tinham, em vários assuntos,
visões completamente distintas de mundo.
No caso da corrupção,
22% dos brasileiros com nível superior citavam o problema como uma das prioridades do país. Entre os
que não possuem ensino
fundamental completo, esse percentual caía para 8%.
O livro mostrava que essa
distância se verificava também em questões de comportamento sexual, situações éticas e discriminação
racial, quase sempre com a
elite se mostrando mais
moderna do que o restante
da população, mais arcaica,
segundo termos usados pelo próprio Almeida.
Para ele, o mais difícil no
estudo sobre a opinião pública é fazer as perguntas
certas. Para medir o racismo, em "A Cabeça do Brasileiro", em vez de recorrer a
perguntas sobre preconceito, usou fotos de pretos,
pardos e brancos nos mesmos trajes para identificar a
imagem que o brasileiro faz
de cada um desses grupos.
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