São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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Autor divide o país entre "modernos" e "arcaicos"

DA SUCURSAL DO RIO

Com mestrado e doutorado em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Alberto Carlos Almeida ganhou projeção fora do ambiente acadêmico após dirigir institutos de pesquisa vinculados à Universidade Federal Fluminense e à Fundação Getulio Vargas.
Atualmente, é sócio do Instituto Análise, onde faz estudos com base em pesquisas de opinião pública.
Em 2007, as conclusões de seu livro "A Cabeça do Brasileiro" geraram intenso debate ao mostrar que elites e classes mais pobres tinham, em vários assuntos, visões completamente distintas de mundo.
No caso da corrupção, 22% dos brasileiros com nível superior citavam o problema como uma das prioridades do país. Entre os que não possuem ensino fundamental completo, esse percentual caía para 8%.
O livro mostrava que essa distância se verificava também em questões de comportamento sexual, situações éticas e discriminação racial, quase sempre com a elite se mostrando mais moderna do que o restante da população, mais arcaica, segundo termos usados pelo próprio Almeida.
Para ele, o mais difícil no estudo sobre a opinião pública é fazer as perguntas certas. Para medir o racismo, em "A Cabeça do Brasileiro", em vez de recorrer a perguntas sobre preconceito, usou fotos de pretos, pardos e brancos nos mesmos trajes para identificar a imagem que o brasileiro faz de cada um desses grupos.


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