São Paulo, Domingo, 26 de Setembro de 1999
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DIÁLOGOS IMPERTINENTES

O patriotismo da política

NELSON ASCHER
da Equipe de Articulistas

Os "Diálogos Impertinentes", promovidos pela Pontifícia Universidade Católica de SP, pelo Sesc (Serviço Social do Comércio) e pela Folha, tiveram como tema, em agosto, a pátria. Participaram do debate o jurista Fábio Konder Comparato e o economista João Sayad. A discussão teve como ponto de partida uma questão colocada pelo mediador, Mario Sergio Cortella. Ele perguntou se a idéia de pátria ainda tinha sentido ou havia se tornado abstrata.
Para Sayad, a pátria "primeiramente é a nação querida, a nação pela qual a gente é apaixonada" e também uma "família amplificada", enquanto Comparato, discorrendo sobre as origens, na Revolução Francesa, do conceito em sua acepção moderna, vinculou a pátria às idéias de povo e nação.
Após as preliminares mais conceituais, porém, a conversa enveredou rapidamente rumo a temas mais concretos, convergindo sobre as questões do patriotismo no Brasil e do caráter patriótico ou antipatriótico de políticas contemporâneas como, por exemplo, a da privatização.
Nesse tópico, embora os debatedores estivessem longe de um acordo, Comparato falou a respeito da perda de controle popular em áreas importantes da economia, enquanto Sayad lamentou a perda de know-how, tanto técnico quanto administrativo, que decorria do processo.


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