São Paulo, domingo, 27 de maio de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

+ os anos tucanos

1988 Em junho, é fundado o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), na maioria por parlamentares dissidentes do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), depois de discordâncias durante a Constituinte; o eixo principal do partido é a oposição à ala do então presidente José Sarney, ex-Arena. Entre os membros fundadores se encontravam Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Franco Montoro, José Serra, José Richa e Pimenta da Veiga. Nas eleições municipais, o partido conquista apenas 18 prefeituras; José Serra, candidato à prefeitura paulista, tem votação modesta; Luiza Erundina (à época, no PT) vence.

1989 Eleições presidenciais: Mário Covas é o candidato tucano, obtém boa votação e acaba o primeiro turno como o quarto mais votado, com 11,5% dos votos, atrás de Fernando Collor (30,5%), Lula (17,2%), Leonel Brizola (16,5%), em um universo de 66.156.191 de eleitores.

1990 Na eleição para a Câmara dos Deputados, o partido tucano, com apenas dois anos de idade, obtém 8,7% dos votos; fica atrás do PMDB (19,3%), do PFL (12,4%), do PT (10,2%), do PDT (10%) e do PDS (8,9%). O PMDB consegue mais de um quinto dos lugares: 108 de 503. Ciro Gomes, então no PSDB, é eleito governador do Ceará, e Beni Veras se elege senador, pelo mesmo Estado.

1992 Em 5 de outubro Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério das Relações Exteriores do governo Itamar Franco. O PSDB obtém 6,7% das prefeituras dos municípios brasileiros.

1993 Em maio Fernando Henrique assume o Ministério da Fazenda, função em que permanece até março de 1994.

1994 Em junho entra em vigor o Plano Real. Três meses depois, Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente da República já no primeiro turno, com 54,3% dos votos válidos; com 13,9% dos votos para a Câmara, o PSDB foi o segundo partido mais votado, atrás apenas do PMDB, que teve 20,3% dos votos. O PSDB preenche 9 das 54 vagas em disputa para o Senado: Jefferson Peres (AM), Sérgio Machado (CE), Geraldo de Melo (RN), Carlos Wilson (PE), Antônio Vilela Filho (AL), José Ignácio Ferreira (ES), Artur da Távola (RJ), José Serra (SP) e Lúdio Coelho (MS). O partido também elege cinco governadores: Tasso Jereissati sucede Ciro Gomes no Ceará; Eduardo Azeredo é eleito governador de Minas Gerais, Almir Gabriel, no Pará, Marcello Alencar, no RJ, e Mário Covas, em SP. Tem início a coligação entre PSDB e PFL.

1996 O PSDB elege 921 prefeitos em todo o país, de um total de 5.378 prefeituras.

1998 FHC reelege-se com 53,1% dos votos válidos, o que torna desnecessário o segundo turno. Lula, em segundo lugar, obteve 31,71%, e Ciro Gomes, 10,96%. Elegem-se 102 deputados federais tucanos, preenchendo mais de 20% da Câmara -mais deputados que o PMDB, que elegeu 94. O PSDB elege quatro senadores. Antes das eleições (em 19 de abril) morre um dos líderes do governo, o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, o Serjão.

1999 No começo do ano o real é desvalorizado; em julho, morre o ex-governador Franco Montoro, um dos fundadores do partido.

2000 O partido elege 984 prefeitos, o que significa um decréscimo de 15,2% no número de municípios que governava.

2001 Morre Mário Covas, um dos fundadores do PSDB, que era visto como um possível sucessor de FHC em 2002. Apesar de ter surgido como partido de centro-esquerda, cerca de 30% dos atuais deputados federais do PSDB iniciaram suas carreiras políticas em partidos de direita, como a Arena e seus herdeiros, PFL e PDS.



Texto Anterior: extinção [Uma carta ao Painel do Leitor]
Próximo Texto: A civilização dos hidratos de carbono
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.