São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2008 |
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Fala Monk... Crise nas artes plásticas As pessoas se satisfazem rápido demais. Nem sempre o esquema "first thought, best thought" [o primeiro pensamento é o melhor] funciona. Não tenho idéia do que vem a seguir Século 21 Talvez as pessoas nem precisem mais de arte, pois estão ocupadas pela mídia, ocupadas em ficar adormecidas. Não têm paciência e não querem profundidade Por alguma razão, aparecem jovens para ver minha obra. Fico feliz, mas não entendo como essa nova geração se interessa [por meu trabalho] Precisamos de experiências fora do filtro, não precisamos de tanta informação. Experiências diretas, que talvez sejam desconfortáveis, que contêm silêncio, mas que valem a pena Arte e comércio Vejo quanto esses jovens recebem por uma pequena aquarela: dá para eu contratar um profissional por um ano inteiro por aquele dinheiro! É inacreditável. E acho que aquilo é bem vazio. Fácil demais Música com palavras [Minhas letras] são elusivas, efêmeras. As palavras são âncoras, mas se dissolvem. Ficam mais como mantras, cânticos, não se parecem com algo a ser entendido palavra por palavra. Não é preciso usar as palavras como símbolos que apontam para alguma coisa; elas podem ser usadas abstratamente, de modo que cada um forme sua imagem Krajcberg O que poderíamos dizer a uma pessoa que perdeu seus pais na guerra? O que ele faz é muito específico, o que faço é amplo. São coisas muito diferentes Texto Anterior: Vanguarda de raiz Próximo Texto: Fala Krajcberg... Índice |
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