Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Commodities Vazamento foi falha humana, afirma PF Delegado diz que 'acidente não foi', mas que ainda não é possível saber a quem atribuir a responsabilidade Governador Sérgio Cabral afirma que a americana Chevron terá de 'pagar caro' pelo petróleo no mar MARCO ANTÔNIO MARTINSDO RIO O vazamento na plataforma da Chevron, no campo de Frade, em 8 de novembro, foi causado por "falha humana". A Polícia Federal tem essa certeza após uma semana de depoimentos de seis funcionários da Chevron e um da TransOcean. "Não tenho dúvida de que houve falha humana. Acidente não foi. O que não dá, ainda, é saber a quem atribuir ou a quantas pessoas pode ser atribuída", disse o delegado Fábio Scliar, da delegacia de meio ambiente da PF, no Rio. O governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que a Chevron terá de pagar pelo vazamento. "E vão ter que pagar caro." Ele também criticou a reação da empresa. "Eles não foram ainda honestos o suficiente. Foi falta de cautela absoluta e desejo de explorar um campo envelhecido de maneira irresponsável. Foram irresponsáveis e têm que dizer: 'nós erramos'. Não vi o presidente [da Chevron] dizer isso ainda", afirmou o governador. Cabral participou ontem de evento, em Nova York, sobre possibilidades de investimento no Estado do Rio. Também foram chamados a depor no inquérito um funcionário do Ibama e uma diretora da ANP (Agência Nacional de Petróleo) que, como testemunhas, auxiliaram em detalhes técnicos. A PF agora quer saber se no dia em que houve o vazamento havia condições metereológicas para a aplicação do plano de emergência. Agentes federais sabem que no dia 15, quando a PF visitou a plataforma, não havia condições para por em prática o plano de contenção da mancha. Ela espera para os próximos dias detalhes sobre o tempo na região do campo de Frade nos dias 6, 7 e 8 de novembro - anteriores ao vazamento e dia da ocorrência. Outro passo será responsabilizar as empresas Brasco e Contecom, contratadas pela Chevron para armazenar o óleo retirado do mar. Policiais que visitaram o depósito em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, comprovaram que os resíduos estão contaminando a rede pluvial. O delegado Fábio Scliar recebeu fotos do local que serão anexadas ao inquérito. Ele não quis comentá-las. Agentes federais dizem que há piscinas transbordando óleo e caindo diretamente em ralos que levam à rede. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |