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Governadores dos EUA fazem 'caravana' por comércio com país

Cinco missões americanas vieram nas últimas semanas ao Brasil

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK
ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO

O governador de Massachusetts, Deval Patrick, chega amanhã ao Brasil trazendo missão comercial para aumentar as exportações, ao mesmo tempo em que o Estado de Idaho desembarca no país para fazer o mesmo.

A chegada das duas missões é mais um passo da investida dos EUA no mercado brasileiro, que se tornou umas das raras fontes de superavit em uma balança comercial em que predominam as importações.

Nas últimas semanas, também desembarcaram no Brasil as missões da Flórida, do Maine e de Montana.

O foco dessas "caravanas" são oportunidades para indústrias americanas nas áreas de energia, tecnologia limpa, saúde, serviços financeiros e educação.

"O Brasil pode se tornar rapidamente um dos mais importantes parceiros econômicos internacionais de Massachusetts", afirmou o governador Deval Patrick.

Neste ano, as exportações do Estado para o Brasil (18º principal parceiro comercial de Massachusetts) avançaram 31%.

O governador de Massachusetts afirmou que competirá pela atração de cada posto de trabalho para o Estado.

É o mesmo discurso do governador da Flórida, Rick Scott, que visitou o país em outubro. "Recentemente voltei de uma viagem ao Brasil, onde eu e dezenas de executivos da Flórida trabalhamos duro para atrair emprego para os EUA", disse, em nota.

A caravana do governador da Flórida contou com 187 pessoas, representando 115 negócios ou organizações.

O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida.

Essa vinda de missões comerciais ao Brasil faz parte de uma estratégia que começou a ser traçada em 2009, quando o presidente Barack Obama disse que o país era uma das prioridades comerciais dos Estados Unidos.

Nos últimos três anos, representantes de 15 Estados americanos vieram ao Brasil.

E a estratégia se reflete cada vez mais na balança comercial entre os dois países.

Pelos dados do governo americano, os EUA acumulam quatro anos de superavit com o Brasil, interrompendo uma série desvantajosa para os norte-americanos que durou de 2002 até 2007.

Até setembro, o superavit americano é de US$ 9,8 bilhões, 14% mais que no mesmo período do ano passado.

Em uma balança comercial que acumula quase US$ 420 bilhões de deficit, o Brasil é a quarta maior fonte de superavit, atrás apenas de Hong Hong, Holanda e Austrália.

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