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Senador dos EUA defende tratado tributário

Republicano Richard Lugar diz que medida pode ampliar os negócios com o Brasil

DE WASHINGTON

O copresidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA, o republicano Richard Lugar, defendeu ontem a assinatura de um tratado tributário com o Brasil para ampliar os negócios entre os dois países.

"O Brasil é a única das grandes economias que não tem um tratado assim com os EUA", disse Lugar, durante evento com empresários na Câmara de Comércio americana. "Isso facilitaria tremendamente os negócios."

Os acordos tributários facilitam o processo de pagamento de impostos e permitem que residentes em outros países que recebam de fontes pagadoras americanas sejam eximidos da cobrança ou paguem uma alíquota menor.

China, Índia e a maioria dos países europeus, além dos vizinhos México e Canadá, possuem acordos assim. Entre os sul-americanos, porém, a Venezuela é a única a manter um tratado do tipo.

A medida viria no contexto da pressão para a derrubada de barreiras entre os dois países em um momento em que a economia brasileira reage melhor à crise econômica do que a americana.

Para Lugar, os EUA têm sido, em alguns casos, negligentes na relação bilateral.

"A relação com o Brasil deveria se tornar tão próxima quanto aquela com aliados tradicionais", afirmou.

O senador disse também ter proposto ao presidente Barack Obama, ainda antes de sua visita ao Brasil, neste ano, a negociação de um acordo dos EUA com os países do Mercosul. O tema, sugeriu, pode voltar à pauta.

Obama deve receber a presidente Dilma Rousseff em Washington no próximo ano.

Falando à plateia de empresários americanos e brasileiros, Lugar, que tenta a reeleição em 2012, defendeu o fim dos subsídios aos plantadores de algodão americanos -tema que levou o Brasil a vencer uma disputa na Organização Mundial do Comércio contra Washington.

Mas desviou ao falar de subsídios aos produtores de etanol nos EUA e da sobretaxa sobre o produto brasileiro, que, se não forem renovados, expiram no fim do mês.

Sem comentar a sobretaxa, disse ser contra subsídios, afirmando que o produto brasileiro é bem-vindo nos EUA.

Porém, na última votação sobre o tema no Senado, no ano passado, votou pela prorrogação do mecanismo que encarece o etanol brasileiro.

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