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Tesouro Direto é opção para investir restituição do IR

Mensagem sobre benefícios do programa aparece para contribuintes que fazem consulta no site da Receita

Para consultores, compra de títulos pode ser boa opção para quem não sabe o que fazer com o dinheiro

DE SÃO PAULO

A estratégia do Tesouro Nacional de popularizar a venda de títulos do governo chegou neste ano ao Imposto de Renda.

Desde junho, os contribuintes que tiveram sua restituição liberada pela Receita podem visualizar na página do Fisco na internet uma mensagem sobre os benefícios do Tesouro Direto.

"Para o contribuinte que busca liquidez, segurança e rentabilidade, títulos públicos representam uma excelente alternativa de investimento a custos muito baixos", diz o texto no site.

A consulta ao último lote de restituição do imposto neste ano deve ser liberada para os contribuintes nesta semana, com o pagamento no próximo dia 15.

Segundo o Tesouro, não há como medir a efetividade da ação, que faz parte de um esforço maior de popularização do programa. Mas a propaganda no site da Receita vai continuar no próximo ano.

Para quem tem dinheiro a receber e ainda não decidiu qual será o destino desses valores, especialistas afirmam que o Tesouro Direto pode, sim, ser uma boa opção.

"Os títulos do governo são uma das melhores opções de investimento no mercado", afirma Valter Police Jr., da Police Consultoria.

De acordo com ele, além de seguro, o Tesouro exige aplicação mínima baixa, o que lhe dá vantagem sobre outros investimentos. Hoje, são necessários R$ 100 para investir nos títulos -valor que deve cair para R$ 30 em 2012.

Na hora de decidir qual o melhor título do Tesouro, Police recomenda pesquisa e diversificação.

"Diversificar é a regra de ouro do investidor", diz. "O título ideal há seis meses já não é o mesmo de hoje. Se ele montar uma carteira diversificada, tem boa rentabilidade no longo prazo."

Hoje, é possível escolher entre títulos pós-fixados, atrelados a índices de inflação ou à taxa de juros, ou prefixados (nesse caso, o investidor sabe, no momento da compra, quanto receberá em rendimentos).

"Como regra geral, é melhor comprar prefixados quando acredita que a Selic [taxa básica de juros] vai cair e pós-fixados quando acha que tende a subir", diz.

Na semana passada, o Banco Central voltou a reduzir a Selic, para 11% ao ano. Foi o terceiro corte seguido nos juros, justificado pelo agravamento da crise econômica na Europa e nos EUA.

Até setembro, o governo vinha elevando a taxa devido à aceleração da inflação.

Com o corte de juros, muitos investidores passaram a apostar nos títulos vinculados a índices de preços.

O consultor financeiro Mauro Halfeld afirma que esses papéis são boa opção, especialmente para o investidor de longo prazo.

"Garantir juros reais de 5% ao ano é muito vantajoso", diz. Até outubro, o IPCA (o índice oficial de inflação) subiu 5,43% em 2011.

(GIULIANA VALLONE)

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