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Commodities

Importação de gasolina tem alta de 400%

Petrobras deve encerrar o ano com importação média de 45 mil barris por dia, ante 9.000 barris diários em 2010

Preço do combustível está mais vantajoso do que o do etanol em quase todos os Estados, o que eleva o consumo

DENISE LUNA
DO RIO

O consumo elevado de gasolina, mais vantajoso do que o etanol em quase todos os Estados, vai fazer a Petrobras encerrar o ano com uma importação média de 45 mil barris por dia do produto.

Isso representa alta de 400% em relação aos 9.000 barris diários importados em 2010, informou ontem o diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa.

Com isso, a balança comercial da petroleira vai deixar para trás os superavit de

US$ 1,534 bilhão de 2010 e de US$ 2,874 bilhões em 2009.

Até setembro, quando a média de importação de gasolina havia atingido 32 mil barris diários, o deficit já era de US$ 3,442 bilhões.

Costa previu que o uso da gasolina neste ano vai crescer 19% sobre 2010, ano em que a venda interna já tinha crescido 18% contra 2009.

"O consumo está na faixa de 460 mil barris por dia. No ano passado, não chegava a 400 mil [por dia]", disse.

Nem mesmo o aumento de produção de gasolina da companhia em 40 mil barris diários neste ano, decorrente da otimização das 12 refinarias existentes, tem conseguido acompanhar o aquecimento do mercado.

Somente quando a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, entrar em operação, em meados de 2013, essa diferença deverá ser atenuada, disse Costa.

Se considerados todos os combustíveis, o crescimento das vendas no ano será de cerca de 7%, ante 10% em 2010, índice mais baixo devido ao menor crescimento do Produto Interno Bruto, explicou o diretor. Neste ano, a previsão é de que o PIB suba cerca de 4%, enquanto em 2010 cresceu 7,5%.

DIESEL LIMPO

Costa lançou ontem o diesel S-50, menos poluente por ter baixo teor de enxofre, que será distribuído em todo o país a partir do ano que vem, seguindo determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Hoje o diesel tem 500 ppm, ou seja, teor de enxofre de 500 partes por milhão.

Para ter maior rendimento, o produto deve ser usado em motores com tecnologia avançada, conhecida como Euro 5, e ainda acompanhado por um novo produto à base de ureia, o Arla 32.

No Brasil, a frota a diesel é estimada em 3,2 milhões de veículos e ainda utiliza o modelo Euro 3, disse Costa. O novo diesel em modelos de motor antigo tem redução de apenas 10% da emissão de poluentes.

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